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Balanço geral: mais de 40% das empresas superaram expectativas no 2º trimestre, diz Safra

04 set 2020, 16:07 - atualizado em 05 set 2020, 19:24
Energia Elétrica Transmissão
As elétricas se saíram bem, com crescimento principalmente de Ebitda, afirma o Safra (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O coronavírus jogou a economia na lona e levou os mercados a uma baixa histórica. Para o segundo trimestre, analistas faziam os piores cálculos possíveis. Mas a realidade se mostrou melhor do que o esperado, pelo menos para os balanços das empresas listadas na Bolsa.

De acordo com relatório do Safra enviado a clientes nesta sexta-feira (4), 42,5% dos resultados ficaram acima das expectativas do banco, enquanto 39,7% decepcionaram.

Apesar disso, os números das empresas cobertas pelo Safra mostrou retração em todos os principais dados financeiro. O Ebitda, que mede o resultado operacional, caiu 5,4% e a receita teve uma retração de 11,8% no trimestre.

Ganhadores e perdedores

As empresas prestadoras de serviços se saíram bem, como as elétricas, com crescimento principalmente de Ebitda, “enquanto as empresas de transmissão foram as menos afetadas pela pandemia devido à natureza defensiva do negócio e dos distribuidores”, afirmaram os anilistas Luis F. Azevedo, Cauê Pinheiro e Silvio Dória .

Já as concessionárias de transportes, com destaque para CCR, foram mal, segundo o banco (Imagem: Wikipedia/ Lucas MF)

Outro segmento que surpreendeu foi a mineração, principalmente devido aos preços mais altos do minério de ferro e também a desvalorização do câmbio.

“Apesar dos volumes de vendas fracos, as siderúrgicas Gerdau (GOAU4) e CSN (CSNA3) aproveitaram as oportunidades de exportação”, pontuaram.

No varejo, o segmento mostrou números positivos, impactado pelo bom desempenho dos supermercados e pelo excelente desempenho no comércio eletrônico, aponta o Safra.

Já as concessionárias de transportes, com destaque para CCR (CCRO3), foram mal, segundo o banco.

A empresa passou de lucro para prejuízo no segundo trimestre, refletindo a queda de tráfego de rodovias, aeroportos e outros modais de mobilidade urbana sob sua concessão diante das medidas de isolamento social.

A companhia teve prejuízo comparável de 164,7 milhões de reais de abril a junho, ante lucro de 329,5 milhões em igual etapa de 2019.