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Balanço de Suzano ‘surpreende’ no terceiro trimestre e ações sobem na B3; é hora de comprar SUZB3?

25 out 2024, 10:45 - atualizado em 25 out 2024, 10:45
suzano swing trade
A companhia de papel e celulose reverteu o prejuízo do trimestre anterior em lucro, apesar de China (Imagem: YouTube/Suzano)

As ações da Suzano (SUZB3) operam entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) na primeira hora do pregão.

Por volta de 10h22 (horário de Brasília), SUZB3 operava com avanço de 2,04%, a R$ 58,57 — a segunda maior alta do índice. Acompanhe o Tempo Real. 



A Suzano reportou um lucro líquido de R$ 3,237 bilhões no terceiro trimestre de 2024, revertendo o prejuízo registrado no mesmo período do ano passado, de R$ 3,494 bilhões. 

O resultado ficou acima da expectativa dos analistas, de acordo com a pesquisa da LSEG, que apontava para lucro de R$ 2,72 bilhões no período.

Já o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado teve um crescimento de 77% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, saindo de R$ 3,695 bilhões para 6,523 bilhões.

A receita líquida, por sua vez, avançou 37%, de R$ 8,948 bilhões para R$ 12,274 bilhões.

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Os destaques do balanço 

Na visão dos analistas, os resultados de Suzano foram “sólidos” e impulsionados, principalmente, por volumes de celulose melhores do que o previsto. 

Para o BTG Pactual, a companhia de celulose superou as expectativas, apesar dos ‘desafios’ macroeconômicos vindos, principalmente, da China. O banco também classificou a empresa como uma “máquina de fluxo de caixa”. 

“O ponto-chave para nós (olhando mais a fundo) é que a empresa está gerando um yield (rendimento) de fluxo de caixa para o acionista anualizado (ex-capex de crescimento) próximo a 20%, o que consideramos uma conquista significativa (ainda não precificada)”, escrevem os analistas Leonardo Correa, Marcelo Arazi e Bruno Lima, do BTG. 

Os analistas do banco avaliam que a operação Cerrado está progredindo bem, com “níveis de eficiência acima do esperado” — o que deve compensar a pressão de preços dos próximos trimestres. 

“Com os preços da celulose se aproximando de um piso, acreditamos que o mercado ainda está subestimando o impacto compensatório do projeto Cerrado (a orientação de produção permanece inalterada em 900 mil toneladas para 2024, com o ramp-up completo esperado após 9 meses) e, mais importante, o potencial de geração de caixa da empresa (como evidenciado hoje).”

Para o Itaú BBA, a queda no nível de endividamento da companhia também foi destaque. 

A redução da alavancagem foi ajudada pelo maior Ebitda e pela forte geração operacional de fluxo de caixa livre (FCF) de R$ 3,8 bilhões no período, “o que se traduz em um impressionante rendimento anualizado de aproximadamente 20%”, afirma o analista Daniel Sasson. 

É hora de comprar Suzano? 

Com os resultados, o mercado manteve a visão positiva para as ações da Suzano (SUZB3). 

Na avaliação da XP, a companhia está bem posicionada para capitalizar um potencial ponto de inflexão no ciclo da celulose. 

Para os analistas da corretora, as ações da companhia estão “atraentes” por várias métricas. Entre elas, um rendimento de FCF entre 12% e 15% para 2025 e 2026 e múltiplos de valor da empresa/Ebitda (EV/Ebitda), de cerca de 5x para 2025, descontados. 

O BTG Pactual afirma que a ação “está ainda mais barata que antes”. 

O banco vê o projeto Cerrado — ainda não precificado, na visão dos analistas —, maior câmbio e perspectivas de desalavancagem como catalisadores das ações. 

“Embora a perspectiva de curto prazo para os preços da celulose seja negativa e uma correção esteja em andamento, observamos que o consenso já leva isso em consideração, com as ações precificando uma curva de celulose próxima a US$ 530 por tonelada”, escrevem os analistas. 

Nas contas do banco, mesmo com a celulose a US$550/ton, a Suzano deve entregar um yield (rendimento) de fluxo de caixa para o acionista (FCFE) de cerca de 9%, “o que é bastante impressionante”.

Os analistas, porém, consideram que notícias sobre uma nova tentativa de aquisição (M&A) podem “assustar os investidores” — “atrasando o que esperamos ser uma valorização gradual da ação, corrigindo a perda de mercado de R$20 bilhões”. 

Na mesma linha, o Safra diz que M&A ainda são “um risco fundamental”. “Mas estamos menos preocupados com uma aquisição significativa (por exemplo, maior que US$ 10 bilhões) no futuro próximo”, escreve o analista Ricardo Monegaglia. 

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