Balanço da Transmissão Paulista agrada pela resiliência e solidez da estratégia de crescimento
Os resultados da Transmissão Paulista (TRPL4) vieram sem grandes surpresas, mas agradaram por apresentar números em linha com as estimativas dos analistas.
A elétrica teve crescimento de 8,4% no lucro líquido do quarto trimestre de 2020. O montante atingiu R$ 374,4 milhões, contra os R$ 345,4 milhões registrados nos últimos três meses de 2019.
A receita líquida da elétrica avançou 15%, para R$ 839 milhões.
O Ebitda, que corresponde ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, totalizou R$ 634,8 milhões, alta de 6,5% no comparativo anual. Na base ajustada, o indicador subiu 21,5%, para R$ 723,1 milhões. A margem Ebitda ajustada caiu 2,3 pontos percentuais e chegou a 79,3% no período.
Segundo a XP Investimentos, o balanço da Transmissão Paulista reforça a estabilidade e a resiliência do segmento de transmissão de energia. No entanto, a recomendação neutra que a corretora tem para a ação foi reiterada, pois a equipe de análise já vê essa estabilidade precificada. O preço-alvo sugerido é de R$ 25.
Para a Ativa Investimentos, que também tem recomendação neutra e preço-alvo de R$ 30,75, a companhia demonstrou solidez na sua estratégia de crescimento, marcada pela evolução das receitas operacionais e pela boa execução de melhorias em sua rede e na energização de projetos greenfield (novos).
“Em um trimestre em linha, a companhia novamente mostrou seus predicados operacionais e segue em busca de oportunidades tanto brownfield (existentes) como greenfield para, não apenas alcançar uma relação debt/equity mais rentável, como aumentar a rentabilidade de seu portfolio”, comentou Ilan Arbetman, analista da Ativa, em relatório divulgado nesta terça-feira.
O Safra foi outra instituição que seguiu com a recomendação neutra, mas elevou o preço-alvo do papel para R$ 25,90 após a divulgação dos resultados.
Paralelamente à publicação do balanço trimestral, a Transmissão Paulista anunciou a distribuição de aproximadamente R$ 1 bilhão em dividendos, correspondentes a R$ 1,602123 por ação.
O conselho de administração da companhia aprovou ontem a distribuição de R$ 531,1 milhões em dividendos intermediários referentes ao exercício social corrente, que serão pagos em 21 de maio com data-base em 25 de fevereiro.
O pagamento do montante restante, de R$ 524,4 milhões, será deliberada pelos acionistas em assembleia a ser realizada em 25 de março. O valor será oriundo da distribuição adicional do lucro do exercício social de 2020. Se aprovado, será somado ao R$ 1,1 bilhão já pago no decorrer do ano passado.