Balanço da Ecorodovias bate estimativas e mostra a resiliência da empresa durante a crise
A Ecorodovias (ECOR3) superou as expectativas do BTG Pactual (BPAC11) com o balanço do segundo trimestre do ano, divulgado ontem (29). O analista Lucas Marquiori destacou a receita líquida pró-forma do período, que atingiu R$ 647,3 milhões.
O banco também chamou atenção para a resiliência das margens e ao capex de R$ 326 milhões, influenciado pelas obras em novas concessionárias.
O BTG reiterou a recomendação de compra do papel, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 17, devido às expectativas sobre as discussões entre a companhia e as autoridades do governo de São Paulo sobre o reequilíbrio do contrato da Ecovia dos Imigrantes.
A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) revogou a decisão que reconheceu um desequilíbrio econômico de R$ 1,6 bilhão em um contrato firmado com a empresa. A agência decidiu formar uma comissão para apurar todos os eventos de desequilíbrio pendentes, inclusive a depreciação dos investimentos.
“Considerando as oportunidades do novo ciclo de infraestrutura do país, bem como o potencial de investimentos adicionais em contratos atuais, não descartamos a possibilidade de uma oferta de ações pela Ecorodovias”, comentou Marquiori. “Mantemos nossa recomendação de compra, suportada pelo cenário favorável do setor e pelo resultado potencialmente positivo das discussões de reequilíbrio contratual”.
Controle de custos
A Ágora Investimentos também manifestou sua visão positiva sobre o balanço da Ecorodovias. Segundo Victor Mizusaki e Ricardo França, o destaque ficou para a sólida performance em termos de controle de custos, que ajudou a minimizar os efeitos do coronavírus.
“Em nossa visão, a companhia pode se beneficiar de uma recuperação em formato de V no tráfego de veículos leves”, afirmaram os analistas.
A corretora recomendou a compra da ação, com preço-alvo de R$ 19.