Balanço da d1000 deixa um pouco a desejar, mas não abala otimismo da XP
A d1000 (DMVF3) divulgou ontem o seu primeiro balanço trimestral pós-IPO. Alguns números do terceiro trimestre do ano agradaram a equipe de análise da XP Investimentos, embora o desempenho do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) tenha deixado a desejar.
A companhia encerrou o período com lucro líquido de R$ 1,5 milhão, revertendo o prejuízo de R$ 5,9 milhões registrado no mesmo intervalo de 2019.
Já a receita bruta retraiu 13,5%, de R$ 304,3 milhões no terceiro trimestre do ano passado para R$ 263,2 milhões. O resultado foi prejudicado pelas lojas em shopping centers, que representaram 17% da base total de unidades.
Para o Ebitda, a XP considerou a base ajustada, excluindo os efeitos IFRS 16. O indicador atingiu R$ 4,4 milhões, montante abaixo dos R$ 6,4 milhões projetados pela corretora.
Apesar do Ebitda não ter vindo como esperado, a XP defendeu sua visão otimista sobre o modelo de investimento da d1000.
“Acreditamos que isso (a queda do Ebitda) deve ser revertido daqui para frente, à medida que as vendas se recuperem e a companhia se beneficie de alavancagem operacional”, disse o analista de Varejo Marco Nardini.
A XP também destacou a solidez da margem bruta, que fechou o trimestre em 32%, e reiterou a compra da ação da empresa, com preço-alvo de R$ 20,50 ao fim de 2021.
Às 13h12 desta quinta-feira (5), as ações da d1000 registravam forte alta de 7,57%, negociadas a R$ 10,94.