Baixa do S&P 500 deve se arrastar até final do ano, diz pesquisa
Os gestores que apostam em uma recuperação dos mercados globais ficarão decepcionados no segundo semestre, mas a boa notícia é que, após uma queda histórica, ações e títulos não estão longe do fundo do poço.
Essa é a visão predominante em uma pesquisa do blog de mercado MLIV da Bloomberg, após uma semana marcada por preocupações de recessão.
Os mais de 1.700 entrevistados temem que o Federal Reserve provoque uma desaceleração econômica ao aumentar as taxas de juros para domar as pressões de preços que permanecem em grande parte impulsionadas pelo lado da oferta.
No entanto, os colaboradores da pesquisa são menos pessimistas nas suas perspectivas de mercado do que muitos em Wall Street e projetam que grande parte do impacto já está precificado.
Depois de sucumbir a um mercado de baixa, o índice S&P 500 fechará 2022 em 3.700 pontos, um declínio modesto de 5% em relação ao fechamento da semana passada – e acima das mínimas já registradas este ano, segundo a mais recente pesquisa MLIV Pulse.
Já o rendimento dos títulos do Tesouro americano de 10 anos deve atingir 3,5%. Embora isso seria uma máxima de 11 anos, é bem inferior aos 4% previstos por pessimista como a Bridgewater.
Isso significa que, após a liquidação dramática no primeiro semestre, um outro grande tombo este ano é visto como improvável. Por outro lado, os leitores do MLIV também dizem que nos próximos meses os ralis terão vida curta à medida que os riscos de crescimento aumentam.
As métricas de preços das ações parecem “bastante razoáveis”, Michael Bell, estrategista de mercado global da JPMorgan Asset Management, disse à Bloomberg TV. “Se tivermos uma recessão, acho que há o potencial para mais tendência de baixa. Mas com tudo que o mercado já caiu este ano, acho difícil vender nesses níveis e comprar de volta mais barato.”
Embora a baixa possa não ter acabado, o fundo pode não estar longe, sugere a pesquisa. A projeção mediana de que o S&P 500 fechará o ano em 3.700 é muito mais alta do que os 2.900 pontos previstos pelos estrategistas quantitativos do Société Générale.
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