Credit Suisse

Bagunça fiscal fará Brasil se arrastar por uma década

11 set 2017, 0:10 - atualizado em 05 nov 2017, 13:55

Brasília

O desequilíbrio fiscal do Brasil fará com que o Brasil tenha um crescimento de apenas 2% ao ano durante a próxima década, avalia a equipe econômica do banco Credit Suisse em um relatório enviado a clientes neste domingo (10).

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Segundo os analistas, as estimativas de déficit primário até 2022 e a elevação da dívida pública como um percentual do PIB irão manter o déficit nominal um nível alto por muitos anos. Este comportamento irá direcionar os fundos para as despesas correntes e não para investimentos.

“Isso provavelmente manterá a taxa de investimento do Brasil baixa. Em termos de crescimento econômico, esta dinâmica aumentará o crescimento da economia quase que exclusivamente dependente de um aumento substancial da produtividade total dos fatores”, avalia o banco.

Com isso, o Credit Suisse estima que o Brasil está destinado a crescer ao ritmo de 2% ao ano durante a próxima década.

Produtividade

Os economistas calculam que, para uma taxa de crescimento superior, seria necessário um ajuste fiscal aliado ao avanço da produtividade em um nível acima da média histórica.

Em um cenário em que as contas públicas são ajustadas, as receitas crescem 3 pontos percentuais do PIB, e os gastos primários são cortados mais gradualmente, a manutenção de um crescimento do PIB em 4% após 2020 exigiria um avanço da produtividade total dos fatores de 2,5% ao ano.

A última vez em que um crescimento nesse nível aconteceu foi na década de 1970.  A média entre 2004 e 2010 ficou em 1,6% ao ano. O Credit Suisse alerta que a próxima administração precisará atuar tanto na reforma fiscal, quanto na microeconômica, o que não será um desafio simples.

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