B3 enquadra Raízen (RAIZ4), que diz avaliar alternativas para deixar de ser penny stock
A Raízen (RAIZ4) informou nesta terça-feira (9) que a B3 solicitou que a companhia divulgue os procedimentos e o cronograma das medidas que serão adotadas para o reenquadramento da cotação ao valor mínimo exigido, cuja regularização deverá ocorrer até 29 de maio de 2026. As ações vêm sendo negociadas abaixo de R$ 1 desde 6 de outubro.
Segundo as regras da B3, uma ação só é considerada penny stock quando permanece abaixo de R$ 1 por ao menos 30 pregões seguidos. Isso pode levar a empresa a sofrer algumas sanções por parte da administradora da Bolsa brasileira, como a retirada de índices dos quais faz parte – incluindo o Ibovespa.
“A Raízen esclarece que está avaliando as alternativas e adotará as medidas necessárias para promover tal reenquadramento dentro do prazo estipulado, levando em consideração a evolução da execução do seu plano de negócios”, disse, em comunicado.
Para evitar esse tipo de punição, empresas nessa situação podem optar por fazer um grupamento de ações, operação que reúne um grupo de ações para aumentar o preço unitário e tirá-las da faixa dos centavos.
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro
Na semana passada, o UBS BB reduziu as estimativas para todas as companhias do setor de açúcar e etanol em sua cobertura. Raízen (RAIZ4) caiu de neutro para venda e São Martinho (SMTO3) saiu de compra para neutro.
De acordo com relatório do banco, o setor de açúcar e de etanol passa por um momento de maior oferta do que demanda, pressionando o preço das commodities. Para os analistas do UBS BB, não há “nenhum fator que impulsione uma recuperação significativa do açúcar no curto prazo”.