B3 é destaque corporativo com risco de queda no volume negociado em Bolsa, aponta Ágora
A B3, Bolsa de Valores brasileira, enfrenta alguns potenciais riscos de queda no Volume Médio Diário de Negócios, avaliam Otavio Tanganelli, do Bradesco BBI, e José Cataldo, da Ágora Investimentos.
Segundo os especialistas, o índice enfrenta uma velocidade de rotatividade atualmente acima da média de seus pares, já que as bolsas globais enfrentam Volumes mais altos.
Em dezembro, a empresa atingiu R$ 4,5 bilhões de volume negociado, retornando aos níveis pré-pandemia.
O relatório aponta o recente aumento das taxas de juros como a principal causa para o recuo, uma questão que pode continuar impactando o mercado, com taxas de juros de dois dígitos no Brasil.
O relatório aponta que os volumes negociados de ações devem continuar enfrentando essa pressão na medida em que os investidores reduzem os riscos e a exposição a classes de ativos mais arriscadas.
“Principalmente para investidores de varejo, que tendem a ter menor participação nos investimentos e menor apetite ao risco para manter posições em tempos voláteis”, explica.
Segundo a análise de sensibilidade da corretora, para cada queda de 10% no Volume Médio Diário dos Negócios, haverá um impacto de 3% no lucro da B3, “indicando que pode ser necessário um cenário muito severo para vermos uma queda muito pronunciada no lucro líquido em 2022”.
Apesar do contexto macroeconômico conturbado, os especialistas mantém a recomendação de compra do ativo, devido ao valuation descontado da ação, com desconto de 40% frente seus pares globais, e um atraente dividend Yield de 7%.
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