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B3 (B3SA3) salta 11,8% em uma semana; Ação tem fôlego para subir mais, dizem analistas

23 jan 2022, 9:30 - atualizado em 23 jan 2022, 9:30
B3 B3SA3
“Apesar das premissas conservadoras de ganhos, a ação oferece uma assimetria risco-recompensa muito boa”, argumenta o Credit Suisse (Imagem: B3/Divulgação)

Depois de um 2021 difícil, a B3 (B3SA3) disparou 11,8% nas últimas cinco sessões. Em um mês, a ação acumula alta de 21%. Uma ponta de esperança?

Segundo o Credit Suisse, o papel da B3 continua sendo negociado em avaliações deprimidas (preço sobre lucro de 14,4 vezes para 2022).

“Apesar das premissas conservadoras de ganhos, a ação oferece uma assimetria risco-recompensa muito boa”, argumenta.

O banco tem recomendação outperform, ou desempenho maior que a média do mercado, para a B3, com preço-alvo de R$ 15, potencial de alta de 9% ante o último fechamento.

Outra instituição que também está confiante com a dona da bolsa brasileira é o Bank of América. Segundo o banco norte-americano, a companhia possui desconto de 45% em relação aos pares e preço sobre lucro de 13 vezes para 2022.

“Embora reconheçamos que um ambiente de taxas crescentes pode levar a uma velocidade de giro de ações menor do que o esperado no futuro, os números operacionais recentes permaneceram resilientes”, aponta.

Na avaliação do BofA, as cifras do quarto trimestre vieram em linha com o esperado. Os valores sugerem lucro líquido de R$ 1,3 bilhão, calcula.

No trimestre, o volume médio de negociações diárias (ADTV) atingiu R$ 31,5 bilhões, 2% abaixo das estimativas.

“Em poucas palavras, ações ADTV foi marginalmente menor, enquanto melhores preços compensam FICC ADV mais fraco”, diz.

Em dezembro, as negociações de ações na B3 recuaram 15,7%. Já o número de investidores pessoa física cresceu 55%, de 2,7 milhões para 4,2 milhões.

O BofA possui recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 19, potencial de alta de 40%.

B3 bate bolsas do mundo

De acordo com dados da Federação Mundial de Bolsas (WFE), a B3 manteve uma velocidade de rotatividade superior em relação aos pares globais: 152% versus 127% em dezembro e 158% versus 117% nos últimos três meses (outubro a dezembro), respectivamente, “o que é consistente com nossa tese”, diz o Credit.