B3 (B3SA3): Safra corta preço-alvo e cita pressão no curto prazo; saiba se ação ainda é boa
Em revisão de tese, o Safra cortou o preço-alvo das ações da B3 (B3SA3), de R$ 16,50 para R$ 15, após incorporar as atualizações mais recentes sobre a Neoway, cuja aquisição foi anunciada no ano passado, e maiores premissas de taxa de desconto.
O banco atualizou algums números para refletir a redução dos volumes transacionados devido ao cenário macroeconômico atual mais fraco e de juros mais elevados.
“Um cenário de crescimento econômico lento, taxas de juros mais altas, combinado com as eleições, pode trazer incertezas, impactando negativamente o negócio de renda variável, com menos ofertas e deterioração do valor de mercado”, avalia o Safra.
Além disso, novas iniciativas de negócios devem trazer alguma pressão em termos de despesas operacionais, destaca o banco.
A instituição reduziu as estimativas de receita líquida em 2022 e 2023. A medida foi influenciada por um valor de mercado das ações listadas mais fraco que as estimativas, levando a uma redução de 17% das projeções para ADTV médio, a R$ 32,2 bilhões.
As estimativas de receitas de derivativos também foram reduzidas, após volumes menores de ADV.
Por outro lado, as projeções para a receita de balcão e o segmento de dados em 2022 foram elevadas.
Solidez
O Safra reforçou sua recomendação de compra para a B3, pois ainda vê a empresa com um case de investimento sólido, “apoiado por sua liderança no fornecimento de infraestrutura para o mercado de capitais no Brasil (em serviços como negociação, compensação e custódia), forte geração de fluxo de caixa livre, alto índice de payout e boas perspectivas de crescimento”.
Mesmo em meio a um ambiente mais competitivo, a grande escala da B3 poderia mantê-la na posição atual no mercado, diz o banco.
Para não correr o risco de ficar para trás, a empresa está realizando investimentos para melhorar a qualidade de seus principais produtos e estreitar a relação com os clientes, complementa o Safra.
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