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B3 (B3SA3) já subiu 12% desde balanço, mas pode mais, vê Itaú; veja potencial de alta

15 ago 2024, 11:51 - atualizado em 15 ago 2024, 12:03
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B3 gera otimismo em Itaú BBA, e potencial de alta é estimado (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O desempenho da B3 (B3SA3) após o balanço publicado na última quinta-feira (8), foi bastante positivo e gerou otimismo aos analistas.

Em relatório publicado e assinado por Pedro Leduc, William Barranjard e Mateus Raffaelli, o Itaú BBA avaliou que a empresa demonstrou sólido desempenho de receita apesar dos volumes lentos de ações, impulsionados por melhores volumes de renda fixa, câmbio e balcão.

“Esta surpresa positiva nas receitas foi acompanhada por um bom controlo de custos, impulsionando agora os lucros e criando potencial de crescimento assim que os volumes de ações recuperarem”, ponderam.

Nos anos mais otimistas de 2020/2021, as ações e instrumentos de capital da B3 representavam aproximadamente 48%, 50% da receita total da empresa.

Agora, as ações e instrumentos de capital contribuem com cerca de 34% das receitas totais, enquanto o segmento FICC (Fixed Income, Currency and Commodities, traduzido como Renda Fixa, Moedas e Commodities) aumentou para aproximadamente 24%.

Além disso, as receitas OTC (over-the-counter, traduzido como “sobre o balcão”) somam outros 16% das receitas.

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Mas afinal, qual o potencial da empresa, segundo o Itaú BBA?

Para os analistas, é projetado um crescimento do lucro líquido de 4% para 2024, atingindo R$ 4,8 bilhões, e expandindo ainda mais para R$ 5,5 bilhões em 2025. Ainda se espera que o dividendo mais a recompra permaneça em torno de 93% dos lucros para um rendimento de 8% em 2025.

Dessa forma, o crescimento das receitas da B3 tornou-se mais diversificado e menos dependente de ações.

A B3 está atualmente sendo negociada a 12 vezes o preço-lucro para 2025 e 14 vezes o preço-lucro para 2024, descontados em relação a seus pares e sua valorização histórica.

Além disso, a casa de análise reitera sua precificação em ‘outperform‘, equivalente à compra, com um preço-alvo de R$ 15/ação no final de 2024, para R$ 17/ação no final de 2025, potencial de subir 33,8% em relação ao fechamento da última quarta-feira (14). Dessa forma, gerando estimativas um pouco mais altas.

Por fim, a B3 continua sendo a principal escolha do Itaú BBA no setor de mercado de capitais, com uma história e execução simples para capturar uma redução do risco.

B3 (B3AS3): Lucro avança 5% e vai a R$ 1,22 bilhão no 2T24

B3 reportou um lucro líquido de R$ 1,22 bilhão no segundo trimestre deste ano (2T24), acima da expectativa média de analistas consultados pela Lseg, que esperavam lucro de R$ 1,17 bilhão. A cifra representa um avanço de 5% ante o mesmo período em 2023.

A receita líquida foi de R$ 2,46 bilhões no trimestre, alta de 10,2% em relação ao segundo trimestre de 2023 e acima da expectativa média de R$ 2,36 bilhões.

Segundo a companhia, as incertezas do cenário macroeconômico e a manutenção dos juros altos continuaram afetando o segmento de ações. No entanto, os derivativos de índices e demais instrumentos de renda variável apresentaram bom desempenho no trimestre.