Comprar ou vender?

B3 (B3SA3): Goldman eleva recomendação para compra e aponta três motivos para isso; ações sobem

06 dez 2024, 11:47 - atualizado em 06 dez 2024, 18:43
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Ações da B3 sobem nesta sexta-feira (06), após Goldman Sachs elevar recomendação para compra (Imagem: Money Times)

O Goldman Sachs elevou a recomendação para B3 (B3SA3) de neutro para compra, com um preço-alvo de R$ 12, implicando em um potencial de alta de 23%. A atualização do banco gringo considera o mix de receitas mais diversificado da dona da Bolsa brasileira, uma valorização com desconto e sólido rendimento de dividendos.

Em reação, as ações da companhia abriram liderando as maiores altas do Ibovespa (IBOV) no pregão desta sexta-feira (06). Os papéis terminaram a sessão com avanço de 1,53%, a R$ 9,93.



Os analistas Tito Labarta e equipe, que assinam o relatório, comentam que, embora a ação possa não ter um catalisador positivo no curto prazo, veem a maioria dos riscos de queda já precificados no atual momento de taxas de juros crescentes.

“A ação está sendo negociado em quase mínimos de nove anos e oferece um dividend yield de 10,0% com base em nossas previsões. Além disso, acreditamos que a composição de receita está agora menos dependente de volumes de ações, que devem representar menos de 30% das receitas este ano, de mais de 40% em 2021”, avaliam.

A composição de receita mais diversificada está levando a um crescimento de receita de um dígito este ano, após dois anos de nenhum crescimento, e a empresa tem margens EBITDA de melhor qualidade acima de 70%.

B3 pronta para enfrentar macro desafiador?

Os analistas do Goldman apontam que, enquanto as receitas relacionadas a ações permanecem sob pressão, as receitas de derivativos podem crescer nos dígitos médios este ano e todas as outras linhas de receita devem crescer nos dígitos duplos.

O banco não deixa de notar que o crescimento de despesas saltou no terceiro trimestre de 2024, no entanto, permanece em linha com o crescimento das receitas, o que deve manter a margem Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) estável em 71,2% em 2024, a mais alta entre as bolsas globais.

“A empresa tem necessidades de caixa limitadas, com capex em torno de 2-3% das receitas, permitindo-lhe manter uma taxa de distribuição de 100% do lucro líquido na forma de dividendos ou recompra de ações”, afirmam.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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