B3 (B3SA3) espera fim do ciclo de alta dos juros e não viu ‘fuga’ de investidores pessoas físicas

Quando o Brasil acordar com uma nova taxa de juros, a B3 (B3SA3) espera que seja o último lance do ano a favor da concorrência da renda fixa na disputa por recursos, ou ao menos o derradeiro mais alto. Mesmo assim, a Bolsa ainda acredita que a fuga de investidores pessoas físicas é mais relativa que absoluta.

O CEO Gilson Finkelsztain olha a possibilidade de que os 13,75% da Selic, que deverão ser conduzidos pelo Banco Central ao final da reunião do Copom, na quarta, seja o último arranjo contracionista de 2022.

Em conversa com Money Times, durante o 21 Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Abag, o executivo da B3 também acredita que se houver essa sinalização da autoridade monetária, poderá haver uma retomada das alocações dos investidores pessoas físicas.

“De todo modo, não achamos que tenha havido fuga maciça deles da Bolsa, afinal ainda são 5 milhões de contas ativas e 4,3 milhões de CPFs”, afirma Finkelsztain.

O que houve, segundo ele, foi que os investidores não institucionais deixaram de “alocar marginalmente”, isto é, tiraram parte do capital em ações e direcionaram para a renda fixa, atrás das altas dos juros desde 2020, quando se começou a falar em “fuga” da B3.

O movimento esperado, de 0,50 pontos percentuais, cuja expectativa seja a última elevação dos juros básicos do ano – ou no patamar previsto -, não tem paralelo ao aumento dos juros pelo Federal Reserve (Fed), na semana passada, de 75 pontos-base.

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De acordo com o presidente da bolsa, “o Brasil saiu na frente [na política de arrocho dos juros] e o Fed ainda não sabe se está no início, meio ou fim do caminho”, de modo que para os investidores brasileiros a percepção de que o Banco Central possa pesar menos a mão deve ser fator favorável para a renda variável.

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