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B3 (B3SA3): Como XP, Safra e BTG viram números de junho? Ação salta quase 10% na semana

13 jul 2024, 12:42 - atualizado em 13 jul 2024, 12:42
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Safra vê um desconto para a ação e acredita que a B3 não deve ser ignorada, principalmente se as condições de mercado melhorarem (Imagem: Money Times)

Na última quinta-feira (11), a B3 (B3SA3) divulgou seus destaques operacionais de junho. Em uma semana que o Ibovespa (IBOVacumulou alta de 2,08%, a ação esteve entre as principais altas, avançando 9,41%, atrás apenas da alta semanal de 12,37% para Embraer (EMBR3).

A XP Investimentosque conta com recomendação neutra (preço-alvo de R$ 16,00), vê os números de junho e o 2T como piores que o esperado, frustrando suas expectativas de aumento nos volumes médios negociados em 2024.

Segundo a XP, o volume diário médio (ADTV) para o mercado à vista caiu 21,9% ano a ano e 3,5% mês a mês, e encerrou junho em R$ 23 bilhões, este foi o mês de junho mais fraco desde 2019. Do lado da Renda Fixa, as novas emissões diminuíram 5,5% ano a ano e -1,1% vs. o mês anterior. O estoque manteve o seu forte ritmo (+22,8% ano a ano).

“Os resultados operacionais divulgados em junho indicam que o segundo trimestre continuou apresentando volumes fracos, o que deve continuar pressionando o segmento de listados da B3 no 2T24”, explicam Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre.

Apesar do cenário base da corretora incluir um aumento da atividade dos mercados de capitais no 2S24, os analistas começam se a questionar se isso irá materializar ou não. A XP não vê gatilhos de curto prazo para ação.

BTG projeta resultados melhores do que o esperado para B3 no 2T24

O BTG Pactual, que também conta com recomendação neutra (preço-alvo de 14), explica que os números gerais parecem um pouco melhores do que suas estimativas, sinalizando resultados do segundo trimestre melhores do que temidos, apesar da fraqueza no mercado de ações já fosse esperada.

Os volumes de ações negociadas do segundo trimestre ficaram ligeiramente acima das expectativas do banco, atingindo R$24,8 bilhões, enquanto a média diária negociada (ADV) de derivativos listados, OTC e veículos financiados também superaram as expectativas.

“A B3SA3 ainda é negociada como se tivesse um beta alto em relação aos mercados de ações, mas na verdade possui uma diversificação bastante razoável/saudável, fornecendo várias fontes de receita além da tradicional negociação de ações, incluindo derivativos, renda fixa e dados e análises”, analisam Eduardo Rosman, Thiago Paura, Ricardo Buchpiguel e Bruno Lima.

Mesmo com uma percepção positiva para B3 após os números de junho, o BTG ainda prefere nomes como Stone (STNE), PagBank (PAGS) e BB Seguridade (BBSE3) dentro do setor financeiro não bancário.

Safra reduz alvo, mas recomenda compra

O Banco Safra explica que passou o incorporar o menor volume de ações, que passou de R$ 30,3 bilhões em 2024 para R$ 24,5 bilhões, o que os levou a reduziu o preço-alvo de R$ 17 para R$ 14. Ainda assim, a instituição mantém sua recomendação de compra.

“Apesar das flutuações de volume no curto prazo, acreditamos que a B3 não deve ser ignorada, especialmente se as condições de mercado melhorarem, dado seu beta elevado, margens operacionais elevadas, menores necessidades de investimentos e forte geração de caixa”, discorrem Daniel Vaz, Silvio Dória e Gabriel Pucci.

Além disso, segundo o Safra, a avaliação da B3 ainda é atrativa em comparação com outros mercados emergentes globais (GEMs), já que a B3 está sendo negociada a 12,8x P/L de 2025, uma alta de 48% desconto para a média dos GEMs.

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