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B3 (B3SA3): BTG vê uma ‘potência bem diversificada’, mas não indica compra

10 dez 2024, 16:47 - atualizado em 10 dez 2024, 18:33
BTG Pactual vê B3 reforçando a diversificação e resiliência do modelo de negócios (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O BTG Pactual avalia a B3 (B3SA3) como uma “potência bem diversificada”, uma vez que a empresa vem reforçando a diversificação e resiliência do modelo de negócios. No entanto, o banco mantém sua recomendação neutra por enquanto, com preço-alvo de R$ 13,50.

Nesta terça-feira (10), B3SA3 fechou com baixa de 1,60%, a R$ 10,16.

Os analistas do BTG recordam que o mercado brasileiro já registrada um dos piores retornos de 2024 e o cenário fiscal do país intensificou a liquidação nas últimas semanas.

“Considerando a intensa volatilidade e a baixa visibilidade sobre onde o “custo de capital próprio” do Brasil irá se estabilizar, decidimos evitar mudanças na recomendação por pelo menos mais algumas semanas“, disseram.

O banco pondera que o perfil risco-retorno melhorou e a B3 apresenta um dividend yield (retorno de dividendo) acima de 10%, assumindo um payout semelhante ao dos últimos cinco anos.

‘Potência bem diversificada’

Analistas do BTG mapearam significativas mudanças da bolsa de valores ao longo do tempo, após uma entrevista do CEO Gilson Finkelsztain no mês passado, em que destacou o poder de diversificação da B3 e como o segmento de “ações brasileiras” perderam relevância nos resultados da companhia nos últimos anos.

“No final das contas, a B3 está longe de ser apenas uma bolsa de valores. Muito pelo contrário, as atividades de negociação, pós-negociação, ações à vista e derivativos de ações individuais agora representam ‘apenas’ 21% da receita líquida (vs. uma média de 35% durante a pandemia)”, comentaram os analistas.

As receitas de outros segmentos, incluindo derivativos de índice, depósitos, empréstimo de valores mobiliários, emissões, balcão, infraestrutura de financiamento, e tecnologia, dados e serviços, são destacados como muito mais resilientes e, de certa forma, “protegidos” de taxas mais altas e inflação.

Agora, esses segmentos representam aproximadamente 80%, levando a B3 a deixar de ser apenas um beta [medida de risco] para ações brasileiras.

O BTG pondera que, em meio a um cenário macroeconômico cada vez mais desafiador, caracterizado por volumes baixos e maior concorrência, a estratégia de diversificação da B3 tem se mantido consistente, ajudando a sustentar a resiliência das receitas durante períodos de baixa nos mercados, quando produtos listados perdem força.

“Apesar do ambiente desafiador para ações, que resultou em uma menor contribuição das atividades de negociação, pós-negociação e de ações à vista + derivativos de ações individuais, a receita total da B3 tem mostrado resiliência, sustentada por diversos catalisadores de crescimento, como FIIs, Brazilian Depositary Receipts, ETFs, empréstimo de valores mobiliários, OTC, infraestrutura de financiamento, tecnologia, dados e serviços, além de outros novos produtos”, destacou.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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