BusinessTimes

B2W tem queda após anunciar aumento de capital; Americanas também recua

20 ago 2019, 11:12 - atualizado em 20 ago 2019, 11:12
Ações da B2W em queda após aumento de capital; papeis da Lojas Americanas também em baixa (Imagem: Renan Dantas/Equipe Money Times)

Por Investing.com

A B2W (BTOW3) informou na noite de ontem que seu Conselho de Administração aprovou o aumento do capital social, para subscrição privada com a emissão de 64.102.565 novas ações ordinárias que farão jus, em igualdade de condições com as já existentes, a todos os direitos concedidos. Com isso, as ações da companhia recuam 0,83% a R$ 41,92, enquanto que as da Lojas Americanas (LAME4) tem perdas mais acentuadas, baixa de 3,94% a R$ 17,03, em mais um dia de perdas para o Ibovespa.

Com isso, o capital social da companhia será aumentado, dentro do limite do capital autorizado, no montante de R$2,5 bilhões, para R$8.251.969.466,10, dividido em 521.669.247 ações ordinárias.

O preço de emissão será de R$ 39,00 por ação e foi fixado com base na média das cotações das ações da Companhia nos sete pregões da B3 anteriores à data da proposta da administração, ponderada por volume de negociação, inclusive, com desconto de 9,43% sobre o valor apurado.

Desde a sua criação (2006), a B2W informa que vem investindo fortemente nos pilares fundamentais do seu negócio para fazer frente aos desafios do e-commerce no Brasil, tendo sempre o cliente como peça central em todas as decisões.

Na visão do BTG Pactual (BPAC11), a notícia é negativa para a Lojas Americanas no curto prazo devido a sua maior alavancagem, que será parcialmente compensada com a queda da Selic. Para os analistas, assumindo que a Lojas Americanas subscreve apenas um valor proporcional à sua participação na B2W, a injeção de capital representa 5,4% de seu valor de mercado, enquanto a alavancagem financeira deve aumentar (proforma no 2T19) para 2,16x dívida líquida/EBITDA nos últimos 12 meses, contra 1,5x de antes.

Já no caso de 100% de subscrição pela LAME, o aumento de capital representa 9% de sua capitalização de mercado, levando a alavancagem financeira a atingir 2,6x dívida líquida/EBITDA nos últimos 12 meses, com LAME terminando com uma participação de 66% na B2W contra os atuais 61,5% atualmente).

No caso da B2W, o BTG entende que a companhia passa a ser um player mais forte no segmento de e-commerce, já que irá aumentar sua capacidade de investimento, sob um modelo de negócios mais saudável e lucrativo, após sua estratégia de migração mais rápida para um modelo mais centrado no mercado desde o início de 2017.

Assim, mesmo após o recente rali, com BTOW3 subindo 31% nos últimos três meses, a equipe do banco vê alta nos níveis atuais da B2W, considerando também que a empresa é uma das principais beneficiárias da recuperação econômica no 2S19.

Para a Mirae Asset, como o aumento de capital tem como objetivo reduzir o endividamento da companhia, a notícia é positiva. Apesar disso, vê que o preço da oferta pode pesar no valor das ações.