B2W fortalecerá escala, estoque e base de dados atuando no varejo alimentar, afirmam analistas
A aquisição da Supermercado Now pela B2W (BTOW3) está em linha com as metas divulgadas pela companhia na reunião anual com analistas de 2019, afirmou a XP Investimentos. A corretora espera uma reação positiva ao anúncio divulgado ontem (13), uma vez que o investimento fortalece o posicionamento da empresa em termos de escala, sortimento e dados.
“A Supermercado Now aumenta de maneira relevante a presença e a escala da B2W na categoria de alimentos, uma das mais complexas de ser operadas no canal online”, disse o analista de Varejo Pedro Fagundes. A B2W, ressaltou, já vinha atuando no segmento por meio de parcerias com redes regionais.
Além do aumento de escala, o negócio também acaba criando oportunidades significativas de venda cruzada (prática de vender um produto ou serviço adicional a um cliente) para a empresa devido à função do perfil de alta recorrência da categoria.
Outro ponto positivo destacado pela XP, que manteve recomendação neutra para a empresa, com preço-alvo de R$ 57 no fim de 2020, é a base de dados acumulados em mais de quatro anos do Supermercado Now.
“Com seus mais de 200 mil usuários ativos, [a Supermercado Now] certamente será um ativo valioso na construção da estratégia da B2W na categoria”, avaliou Fagundes, que destacou a relevância dessa jogada, uma vez que o Magazine Luiza (MGLU3) e o Mercado Livre também estão investindo no segmento.
A Guide Investimentos também se posicionou frente à notícia. Para a equipe de análise da corretora, o movimento é desafiador, mas dá entrada à B2W no varejo alimentar, setor que se mostra em crescimento.
Sobre a Supermercado Now
A Supermercado Now, plataforma de e-commerce voltada para supermercados, permite que clientes possam realizar compras online em mais de 30 redes associadas. O consumidor consegue escolher a loja de preferência, fechar o pedido e receber os produtos em até duas horas.
De acordo com a B2W, os clientes da Supermercado Now utilizam os serviços, em média, 2,3 vezes por mês.
O valor da aquisição não foi divulgado. A B2W, que ainda está estudando o caso, também informou que não sabe se seus acionistas precisarão aprovar o negócio.