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Azzas 2154 (AZZA3): Goldman Sachs revisa os números após a fusão e vê potencial de valorização de quase 60% nas ações

10 set 2024, 13:44 - atualizado em 10 set 2024, 17:54
Azzas 2154
Os analistas do banco mantém uma postura “relativamente conservadora” para Azzas 2154 em termos de receitas e sinergias (Imagem: Montagem/Money Times)

As ações da Azzas 2154 (AZZA3), fruto da fusão entre Arezzo e Grupo Soma, chegaram a liderar os ganhos do Ibovespa (IBOV) na primeira parte da sessão desta terça-feira (10) e avançam entre os maiores ganhos do principal índice da bolsa brasileira. 

Os papéis AZZA3 fecharam em alta de 2,34%, a R$ 47,59. Acompanhe o Tempo Real



O movimento é impulsionado pela revisão das estimativas pelo Goldman Sachs, dada a conclusão da fusão e os resultados do segundo trimestre. 

Os analistas do banco afirmam que estão unindo os números das operações, mas com uma postura “relativamente conservadora” em termos de receitas e sinergias. 

“Embora vejamos espaço para tais sinergias, buscamos os resultados iniciais do processo de integração, cujo sucesso pode abrir caminho para a disposição dos investidores de pagar pelo potencial total de sinergia (cerca de 10% da capitalização do mercado)”, escrevem os analistas Irma Sgarz e Felipe Rached, em relatório. 

Por outro lado, eles avaliam que o tamanho dessa vantagem depende “inevitavelmente” do nível de imposto sobre o rendimento em que a empresa incorrerá no futuro, o que “permanece uma incógnita”. 

“Os nossos números consideram que cerca de metade do benefício fiscal dos subsídios ao investimento permanecerá em vigor no futuro, para além do benefício fiscal gerado por uma taxa de pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) de cerca de 50% nos próximos anos”, diz o relatório. 

O banco tem recomendação de compra para as ações com preço-alvo de R$ 74 para os próximos 12 meses — o que representa um potencial de valorização de 59,1% em relação ao preço de fechamento da última segunda-feira (9). 

AZZA3 está atrativa?

Os analistas do Goldman Sachs destacam um aumento significativo no preço atual das ações, “mesmo antes de incorporar as sinergias”. 

Mesmo assim, os papéis AZZA3 estão sendo negociados a um múltiplo de 9,3 vezes a relação entre o preço e o lucro (P/L) para o final de 2025, o que representa um desconto de aproximadamente 20% em relação à média das ações de varejo discricionárias do Brasil, nas contas do banco.

Para o Goldman Sachs, o valuation da companhia segue atrativo mesmo em cenários mais conservadores. 

“No que vemos como um cenário excessivamente pessimista, em que a empresa paga a taxa de imposto estatutária integral, vemos a AZZA3 sendo negociada a 14,9x P/L em 2025, amplamente em linha com a média de negociação da ARZZ3 (antiga ação da Arezzo) durante 2023”, dizem os analistas. 

Já em um cenário em que a companhia tem direito ao benefício fiscal gerado por uma taxa de pagamento de JCP, mas sem subsídios de ICMS, a Azzas 2154 seria negociada a 11,3x P/L — ainda abaixo de Lojas Renner (LREN3), negociada a 13,3x P/L atualmente.

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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