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Azzas 2154 (AZZA3) cai 8% após o balanço do 4T24; o que fazer com as ações agora?

12 mar 2025, 11:28 - atualizado em 12 mar 2025, 11:53
Azzas 2154
A Azzas 2154, fruto da fusão entre Arezzo&Co e Soma, reportou lucro líquido menor do que o esperado e as ações caem forte (Imagem: Montagem/Money Times)

As ações da Azzas 2154 (AZZA3) operam em forte queda nesta quarta-feira (12), com os investidores repercutindo os resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24). 

Por volta de 11h10 (horário de Brasília), AZZA3 caía 8,25%, a R$ 24,25, na liderança da ponta negativa do Ibovespa (IBOV). Na mínima do dia, os papéis registraram queda de 8,44% (R$ 24,20). Acompanhe o Tempo Real. 



A Azzas 2154 registrou lucro líquido recorrente de R$168,9 milhões entre setembro e dezembro, 35,8% menor do que o reportado no mesmo período de 2023. 

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente somou R$ 519,2 milhões no período, alta de 4,1% no comparativo anual, mas a margem caiu de 16,6% para 15,3%.

A dívida líquida ficou em R$ 1,75 bilhão no final do trimestre, com a alavancagem — medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda — em 1,1 vez, estável na comparação com o trimestre anterior. 

Já a receita bruta da varejista somou R$ 4,22 bilhões no 4T24, um crescimento de 15,1% na comparação anual, com destaque para a Hering — marca de vestuário feminino e masculino. 

Azzas 2154 em 2024

Em acumulado de 2024, a companhia teve lucro líquido recorrente de R$ 590,4 milhões, uma queda de 33,2% na base anual. Já no critério ajustado, o lucro recorrente foi de R$ 907,3 milhões, alta de 2,7%. 

Vale lembrar que a Azzas 2154 é fruto da fusão entre a Arrezo&Co e o Grupo Soma. A combinação dos negócios foi finalizada em 31 de julho do ano passado. 

Além do resultado, a varejista anunciou que vai descontinuar as projeções relacionadas à fabricante de calçados Vincenza, devido à recente incorporação da marca pela companhia. 

O que dizem os analistas? 

Na avaliação do BTG Pactual, a Azzas 2154 apresentou resultados mistos, com um crescimento “decente” da receita, mas um Ebitda abaixo das expectativas. 

“Desde o início do processo de integração, o desempenho das ações tem sido ditado principalmente pelo fluxo de notícias sobre a fusão de Arezzo-Grupo Soma (principalmente as sinergias do negócio) e esperamos que continue assim”, escreveram Samuel Alvez, Yan Cesquim e Marcel Zambello, que assinam o relatório.

Os analistas ainda afirmam que as sinergias entre as culturas, sistemas e marcas das antigas duas companhias podem levar mais tempo. Por isso, o mercado deve ficar em modo de espera “antes de pagar antecipadamente por todos esses ganhos”.

O banco reiterou a recomendação de compra para AZZA3, com preço-alvo de R$ 49 — o que representa um potencial de valorização de 85,4% sobre o preço de fechamento da véspera (11). 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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