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Azzas 2154 (AZZA3) cai 5% após Investor Day; veja o que dizem analistas

16 ago 2024, 16:37 - atualizado em 16 ago 2024, 18:51
Azzas 2154
Azzas 2154 performa entre as maiores baixas do Ibovespa após Investor Day (Imagem: Montagem/Money Times)

A Azzas 2154 (AZZA3), empresa resultado da fusão entre Arezzo e Grupo Soma, está entre as maiores quedas do Ibovespa (IBOV) desde o início do pregão desta sexta-feira (16). O movimento ocorre após o primeiro Investor Day do resultado da combinação dos negócios.

Os papéis da companhia encerraram o pregão com recuo de 5,27%, a R$ 51,10.



Participante do evento, o BTG Pactual destacou que entre as principais mensagens está o guidance (projeções financeiras) para receitas incrementais de R$ 1,1 bilhão até 2027, com base em oportunidades de venda cruzada. No entanto, embora tenha mapeado uma série de iniciativas no lado dos custos para gerar valor, a Azzas não forneceu um guidance oficial durante o evento.

Além disso, apesar de fazer parte do mesmo grupo, foi pontuado que cada unidade irá operar de forma independente, explorando as boas práticas de cada empresa para melhorar a eficiência, como, por exemplo, cadeia de suprimentos.

Os analistas do banco comentam que, na frente operacional, conforme os resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24), ainda que a empresa tenha mostrado alguma melhora em relação ao início deste ano, com os números da Arezzo em linha com as estimativas do BTG e os números da Soma acima do projetado, nos próximos meses o desempenho das ações deve ser ditado pelo fluxo de notícias acerca da fusão.

Para os analistas do BTG, a empresa está no caminho certo, mas com riscos a serem monitorados nos próximos trimestres.

“As fusões e aquisições no varejo nunca são fáceis, principalmente entre grandes empresas. Culturas, sistemas e marcas diferentes a serem integrados sempre significam que a captura de sinergias pode levar mais tempo”, ponderam.

A visão do banco pós-evento é que a Azzas está no caminho certo, fornecendo diligentemente autonomia a cada
marca e explorando as boas práticas de cada empresa.

No entanto, os analistas destacam que se trata um negócio complexo, que cria um player gigante com várias marcas e culturas diferentes no setor de vestuário e calçados, com os riscos de execução no processo de integração, o que poderia impedir que alguns investidores pagassem adiantado pelas sinergias, ele poderia permitir a captura de valor em distribuição, desenvolvimento de produtos, operações de franquia e produção.

Para o Itaú BBA, das diversas oportunidades, a gestão da Azzas está focada nos drivers de receita, por enquanto.

“Dados os riscos de execução inerentes, acreditamos que os investidores provavelmente avaliarão gradualmente estes ganhos à medida que a empresa começar a apresentar resultados. Com 12x P/E 2025, mantemos nossa classificação de outperform (equivalente a compra) e reiteramos a ação como nossa principal escolha em nossa cobertura de vestuário”.

Já o Goldman Sachs aponta que, numa perspectiva mais qualitativa, saiu do evento mais encorajado com a impressão de que a relação entre as administrações das duas empresas é cooperativa e fluída, com áreas de know-how e experiências pessoais bem definidas e complementares, o que pode contribuir para melhorias no negócio.

“Acreditamos que a gestão alcançou um bom equilíbrio entre fornecer aos investidores dados suficientes para ancorar as expectativas de receitas, sem se comprometer com expectativas que poderiam parecer inatingíveis ou difíceis de medir”, apontam.

O Goldman tem indicação de compra para AZZA3, com preço-alvo de R$ 74,00

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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