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Azzas 2154 (AZZA3) cai 5% após anunciar nova direção na AR&Co; o que fazer com a ação?

29 ago 2024, 12:46 - atualizado em 29 ago 2024, 12:46
Arezzo
A Azzas 2154 performa entre as maiores quedas do Ibovespa (IBOV) nesta quinta-feira (29) (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

A Azzas 2154 (AZZA3) performa entre as maiores quedas do Ibovespa (IBOV) nesta quinta-feira (29), após a companhia anunciar Ruy Kameyama, atual conselheiro da companhia, como o novo presidente-executivo da AR&Co (Reserva). A movimentação faz parte do início do processo de transição pós-fusão entre Arezzo e Grupo Soma.

Por volta de 12h30, os papéis recuavam 4,91%, a R$ 50,36.



Na avaliação da XP Investimentos, a empresa apresenta um curto prazo ruidoso, mas com muito valor. “Embora os processos de integração geralmente sejam acompanhados de ajustes de estrutura, desafios operacionais e ruídos, continuamos construtivos em relação ao valor a ser desbloqueado dentro da empresa”.

Os analistas da casa notam os fundadores da Reserva estarão sujeitos a uma cláusula de non-compete de dois anos a partir de dezembro de 2024 que inclui não apenas moda masculina. Além disso, destacam que o fim do ciclo dos executivos coincide com sua última parcela de lock-up, que soma 1,7 milhão de ações, equivalente a R$ 92 milhões a preços atuais ou 1,1 dia de negociação.

“Conforme observado em nossa última atualização, incorporamos sinergias de R$ 1,9 bilhão de valor presente líquido (R$9,00/ação) em nosso modelo, que devem começar a aparecer nos resultados já no 2S24 [2º semestre de 2024], embora mais materialmente em 2025. Assim, mantemos nossa recomendação de compra”.

Rony Meisler, Fernando Sigal, Jayme Nigri Moszkowicz e José Alberto da Silva, fundadores da Reserva, encerrarão o ciclo de suas posições executivas na AR&Co em dezembro de 2024. Para a XP, embora os fundadores da Reserva tenham sido essenciais para levar a marca ao seu estágio atual, também vemos um processo de transição como uma parte natural do negócio.

“Em nossa opinião, as principais vias de crescimento da Reserva já foram estabelecidas. Além disso, suas substituições dentro da operação da marca devem ser internas, com pouca (ou nenhuma) interrupção dos negócios”.

Riscos para a tese da Azzas 2154

Os analistas da XP comentam que o processo de integração e as diferenças culturais entre a Arezzo e o Grupo Soma estão entre os principais riscos da tese atualmente.

Dessa forma, o anúncio pode reforçar as preocupações com relação à retenção de talentos do Grupo Soma, embora vejam um baixo risco de saída dos principais profissionais criativos no curto prazo, pois ainda há muito espaço para desbloquear valor, principalmente na Hering e na Farm, enquanto um acordo de lock-up e não concorrência de 10 anos está em vigor.

No entanto, a XP avalia que é possível que outros executivos deixem a empresa no curto prazo, como foi o caso do ex-CFO do Soma, como parte do processo de integração.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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