Azul: Sem acordo com Latam, Ágora corta em 46% preço-alvo da ação da brasileira
A tentativa para a Azul (AZUL4) comprar a Latam, ao que tudo indica, subiu no telhado. Mais cedo, a companhia aérea desistiu do negócio. A ideia agora é se concentrar em suas próprias operações.
Segundo a companhia, o valor atribuído à Latam foi mais alto do que acredita ser aceitável e citou a incerteza para a indústria da aviação criada pela pandemia de Covid-19, principalmente em mercados de longa distância.
Além disso, uma outra dificuldade surge: a maioria dos credores (79%) apoia o plano de recuperação judicial apresentado pela Latam no último sábado (27). Isso diminui ainda mais a possibilidade da Azul conseguir arrematar a companhia.
Dessa forma, a Ágora diminuiu o preço-alvo da ação da brasileira em 46%, de R$ 60 para R$ 41, mas manteve a recomendação de compra.
Para a corretora, com o surgimento de novas variantes da Covid, como a ômicron, a Azul é a empresa que está menos exposta aos voos domésticos.
Outra instituição, o banco de investimentos Goldman Sachs, lembra que a nova companhia deteria mais de 60% do mercado doméstico brasileiro, “o que poderia estar sujeita a uma extensa análise do Cade”.
A recomendação do Goldman é neutra, com preço-alvo de R$ 36,4.