Azul quer liderar rodada de aquisições após a pandemia
A Azul (AZUL4) se prepara para ir às compras após a pandemia de Covid-19. Segundo fato relevante divulgado na noite de ontem (24), a companhia aérea afirma que “um movimento de consolidação é uma tendência do setor no pós-pandemia e a Azul está em uma posição forte para liderar um processo nesse sentido.”
A empresa informa, ainda, que contratou, no fim do primeiro trimestre, consultores para estudar “ativamente as oportunidades de consolidação da indústria.”
“A Azul está emergindo desta crise em uma posição de liderança em termos de liquidez, recuperação de malha e vantagens competitivas”, afirma o CEO da empresa, John Rodgerson, no informe divulgado ontem.
No mesmo fato relevante, a empresa comunicou o fim do compartilhamento de voos (codeshare) com a Latam.
Panorama
A Azul reportou prejuízo líquido de R$ 2,8 bilhões nos primeiros três meses do ano, reduzindo fortemente a perda em relação ao trimestre anterior, mas ainda mostrando um salto frente ao resultado negativo de R$ 317 milhões de um ano antes, com a empresa aérea ainda afetada pela pandemia de Covid-19.
No início de maio, a empresa informou que espera encerrar 2021 com liquidez imediata acima de R$ 3 bilhões, abaixo dos R$ 4 bilhões com que fechou dezembro de 2020. A liquidez imediata envolve os recursos em caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras de curto prazo e contas a receber.
O volume de tráfego de passageiros total da aérea, medido em passageiros‐quilômetros pagos transportados (RPKs, na sigla em inglês), subiu 523% em abril em comparação com o mesmo mês de 2020, considerado o pico da pandemia da Covid.
O desempenho, contudo, ainda ficou 37,5% abaixo do mesmo período de 2019. O tráfego da Azul em abril recuou 9,1% em relação a março.
Veja o fato relevante da Azul.