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Azul: por que os analistas não ligaram para o prejuízo de R$ 438 milhões

07 nov 2019, 12:47 - atualizado em 07 nov 2019, 17:28
Azul
Tudo bem: para analistas, resultados operacionais são mais importantes do que a pressão do câmbio sobre o prejuízo (Imagem: Divulgação/Azul)

O salto no prejuízo líquido da Azul no terceiro trimestre não tirou o bom-humor dos analistas, que elogiaram o desempenho da companhia aérea em relatórios divulgados na manhã desta quinta-feira (07).

Como se sabe, as perdas líquidas somaram R$ 438 milhões, ante os R$ 47,8 milhões do mesmo período do ano passado – um incremento de quase dez vezes.

O principal motivo para o otimismo, dizem os analistas, é que o prejuízo foi causado pela alta do câmbio, o que influencia diversas despesas da Azul, como o combustível das aeronaves, mas exerce efeito sobretudo contábil nas demonstrações financeiras – isto é, não indica, necessariamente, que o caixa da empresa está menor.

Destaques

O Banco Safra, por exemplo observa que, sem o efeito do câmbio, o resultado seria um lucro líquido de R$ 441 milhões, maior que os R$ 282 milhões correspondentes ao terceiro trimestre de 2018.

Já a Guide Investimentos destacou a melhoria de outras linhas do balanço, como o aumento de 25,5% na receita líquida na mesma comparação, alcançando R$ 3,03 bilhões.

“Seguimos com uma visão positiva para o setor, especialmente para Azul, em função do cenário favorável para aviação comercial no Brasil, estratégia comercial diferenciada da Azul em relação aos outros players do mercado”, afirma o relatório da corretora.

O otimismo, contudo, não parece ser compartilhado pelos investidores. Por volta das 12h30, as ações da companhia (AZUL4) operavam em queda de 0,64%, negociadas a R$ 51,40 por papel. Já o Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, subia 0,71% e marcava 109.124 pontos.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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