Azul ou Gol? Citi revela a sua preferida entre as aéreas
O Citi voltou a olhar para as companhias aéreas brasileiras listadas na B3, Azul e Gol, e incorporou previsões reais mais fracas do cenário de Brasil nos modelos. O resultado foi a recomendação de compra para os papéis da Azul (AZUL4) e venda para os da Gol (GOLL4), mostra um relatório enviado a clientes.
“A Azul continua sendo nossa segunda operadora preferida da América Latina Companhia após Copa Airlines. Na atual volatilidade do mercado, o Citi prefere companhias baseadas na América Latina, com melhor qualidade de ganhos e melhores curvas de demanda“, ressalta o analista Stephen Trent.
O preço-alvo para a Azul foi reduzido de R$ 37 para R$ 36. Ainda assim, o potencial de valorização estimado chega a 56%.
“Apesar dos riscos políticos, volatilidade do câmbio, flutuações do preço do petróleo e incertezas sobre o impacto de recuperação do consumo tanto dos serviços da Gol, quanto da Azul, o perfil competitivo mais atraente e um balanço mais forte devem apoiar um case de investimento positivo”, avalia Trent.
A Gol, por sua vez, elevou as estimativas operacionais de 2017, porém não incluiu nenhuma mudança para os custos de quilômetro por assento disponível e não mencionou o câmbio.
“Os preços mais baixos do combustível parecem ter sido o principal driver de mudança. Este impulso veio dos resultados do primeiro trimestre de 2017, uma vez que a despesa de manutenção do trimestre atingiu apenas R$ 88,2 milhões ou R$ 7,30/ quilômetro por assento disponível”, calcula o analista.
Isso, pontua o Citi, põe o balanço como o mais fraco de despesas com manutenção da Gol em pelo menos sete anos. “Esses problemas de qualidade geram uma compensação no múltiplo EV/ EBITDAR da Gol de 6,7x para 6,4x. Como também aumentamos nossas estimativas para a transportadora, não há alteração no nosso preço-alvo que segue em R$ 11/ ação e temos recomendação de venda para as ações da Gol”, diz.
