Azul: fusão com a Latam poderia gerar entre R$ 5,60 e R$ 27,90 em sinergias para os acionistas
A possível fusão entre Latam e Azul (AZUL4) mexeu com os mercados e tem potencial de criar uma gigante do setor aéreo.
Nesta quarta-feira, os papéis da Azul dispararam 11,31%, a R$ 46,76, enquanto a Gol subiu 7,15%, a R$ 27,59 após a notícia.
Pelos cálculos do Itaú BBA, a união das duas empresas pode gerar uma sinergia de R$ 5,60 a R$ 27,90 no preço das ações.
Segundo os analistas Thais Cascello, Gabriel Rezende, Luiz Capistrano e Mateus Raffaelli, que assinam o relatório, essas estimativas dependem da recuperação da demanda no futuro.
“Usando uma suposição de sinergia mais otimista de 5% do combinado das receitas, estimamos valores empresariais adicionais de R$ 12,5 bilhões”, apontam.
Além disso, a equipe lembra que o alto endividamento da Azul obrigaria a empresa a fazer o negócio com troca de ações.
Tudo Azul
Para o Itaú BBA, a Azul tem uma frota diversificada e de tamanho certo, o que, por um lado, contribui para que a aérea tenha um custo por assentos-quilômetro oferecidos (CASK) mais alto do que seus pares, mas que também tem desempenhado um papel fundamental em ajudá-la a superar a pandemia e restaurar sua lucratividade.
“Nós acreditamos que esses atributos não apenas ajudarão no fortalecimento da empresa contra as atuais incertezas, mas continuarão sendo as principais vantagens competitivas da Azul em um ambiente normalizado”, aponta.
Mesmo assim, a liquidez da aérea deve ser observada de perto, o que poderia levar a Azul a acessar o mercado de capitais em um futuro próximo – até mesmo para dar condições para a companhia ir às compras.