Azul está melhorando, mas é melhor ter cautela com ação por ora
Após o baque inesperado da Covid-19 há mais de um ano, a Azul (AZUL4) teve de aprender na marra, assim como todas as companhias aéreas mundo afora, como manter suas operações em meio à pandemia, ao passo que o setor aéreo é um dos mais sensíveis à crise.
Por ora, a Azul estancou o prejuízo bilionário ao registrar lucro líquido e R$ 1,16 bilhão entre abril a junho de 2021, contra o saldo negativo de 1,62 bilhão sofrido um ano antes, explicado ela aceleração da vacinação no Brasil e efeito cambial.
Mas, analistas não deram colher de chá à companhia aérea brasileira.
A Genial Investimentos considera que a Azul teve um fraco resultado no segundo trimestre, o que já era esperado pelo mercado devido à 2ª onda da pandemia, que prejudicou a aviação como um todo.
Pesam ainda no bagageiro da Azul, conforme teve acesso o Money Times, yield (retorno) em patamares baixos, aumento de alavancagem devido à nova captação e aumento de 102% em 12 meses no preço médio do combustível pago, fruto da alta do petróleo, avaliam os analistas Romulo Mandarino e Eduardo Nishio.
O Safra aponta que as perspectivas para o futuro da Azul são animadoras, mas segue cauteloso agora com a ação.
“A recuperação ainda está em pé de imprevisibilidade, especialmente a demanda corporativa, a pedra no sapato do setor aéreo. Custos adiados devem continuar a pressionar as margens da Azul”, pontua o especialista Luiz Peçanha.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou negativo em R$ 50,9 milhões, ante resultado negativo de R$ 324,3 milhões um ano antes.
Confira a seguir as recomendações reunidas pelo Money Times sobre a ação da Azul (AZUL4):
Recomendação | Preço-alvo (R$) | Potencial (%) | |
---|---|---|---|
Genial | Venda | 36 | -3 |
Safra | Em revisão | — | — |
Ativa | Compra | 48 | 33 |
Ágora | Compra | 74 | 205 |