Azul: emissão de debêntures reduzem riscos financeiros, diz Ágora
A emissão de debêntures conversíveis em ações aprovada pela Azul (AZUL4) nesta segunda-feira (26) é positiva e irá reduzir os risco financeiro da companhia, afirma a Ágora em relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (26).
Ao todo, a empresa pode captar até R$ 1,6 bilhão. Além disso, a emissão poderá ser aumentada em 20%, dependendo da demanda do mercado.
“As debêntures conversíveis reduzirão o risco da Azul, elevando a posição de caixa para R$ 4 bilhões, ante os R$ 2,3 bilhões do segundo trimestre”, afirmam os analistas Victor Mizusaki e Flávia Meireles.
Os investidores âncoras se comprometeram a subscrever mais R$ 560 milhões, caso a empresa realize uma nova emissão de debêntures, nos mesmos termos desta, dentro de 12 meses.
Embora os papéis sejam denominados em reais, serão indexados ao dólar e pagarão juros de 7,5% no primeiro ano, e de 6% nos anos seguintes. O prazo de vencimento dos títulos será de cinco anos, a partir da data de lançamento.
A Knighthead Capital Management e a Certares Management já pediram uma oferta com um pedido total de US$ 300 milhões, podendo chegar a US$ 325 milhões.
“De acordo com nossas estimativas, assumindo a conversão da dívida em patrimônio, a Azul precisaria emitir 48,8 milhões de ações sem direito a voto a R$ 32,77, resultando em uma potencial diluição do patrimônio de 14%”, completaram.
A Ágora manteve a recomendação de compra das ações, com preço-alvo de R$ 27, potencial de valorização de 3,2% em relação ao último fechamento.