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Azul (AZUL4) salta 7% apesar do prejuízo de quase R$ 4 bilhões; entenda

24 fev 2025, 12:23 - atualizado em 24 fev 2025, 12:24
Azul
Ações da Azul saltam após balanço do quarto trimestre de 2024 (Imagem: iStock/Tarcisio Schnaider)

As ações da Azul (AZUL4) assumiram a dianteira do Ibovespa (IBOV) logo na primeira meia hora de pregão desta segunda-feira (24), após a companhia divulgar um prejuízo líquido de R$ 3,9 bilhões no quarto trimestre de 2024. A cifra representa uma reversão do lucro de R$ 403,3 milhões registrado no mesmo período em 2023.

Na linha ajustada, no entanto, o resultado foi positivo, indicando lucro líquido ajustado de R$ 62,4 milhões, revertendo o prejuízo líquido ajustado de R$ 270,5 milhões registrado no quarto trimestre do ano anterior.

O sócio e diretor de análises da Levante Investimentos, Enrico Cozzolino, explicca que o resultado ajustado é uma prática do mercado para desconsiderar eventos não recorrentes, que não devem impactar resultados futuros.

“No caso da Azul, o lucro ajustado desconsidera operações que estão relacionadas ao plano de otimização de capital, com a fusão e a reestruturação de dívida, além de operações relacionadas aos contratos de arrendamento que foram encerrados”, disse no Giro do Mercado desta segunda.

Às 11h55 (horário de Brasília), AZUL4 avançava 7,16%, a R$ 3,89. Acompanhe o tempo real.



Na avaliação da XP Investimentos, o destaque ficou com o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que atingiu R$ 1,9 bilhão no período, um avanço de 33% na comparação anual.

A equipe liderada por Pedro Bruno aponta resultados operacionais positivos no trimestre e destaca ainda como principais fatores para o trimestre um desempenho estável do Rask (Receita por Assento-Quilômetro Disponível), com recuo de 1% na base anual e uma dinâmica positiva do Cask (Custo por Assento-Quilômetro Disponível), com recuo de 6% no ano.

O aumento de 18% no câmbio em relação ao quarto trimestre de 2023 foi compensado por menores preços de combustível, que recuaram 17% na comparação anual. Ainda, a XP aponta a transição para aeronaves de última geração mais eficientes e iniciativas de redução de custos como pontos para o desempenho da Azul.

“Reiteramos nossa recomendação neutra em um cenário macro ainda desafiador e com potencial de diluição relevante”, diz a XP.

O Santander reforça o destaque para o Ebitda da companhia, que veio próximo à estimativa do consenso. O banco também é neutro em AZUL4, com preço-alvo de R$ 6.

O 4T24 da Azul

No ano de 2024 em sua totalidade, a Azul registrou um Ebitda de R$ 6 bilhões, apontado como recorde pela companhia aérea.

A linha de custos e despesas operacionais atingiu um montante negativo de R$ 4,3 bilhões no último trimestre de 2024, um avanço de 3,8% ante o mesmo período em 2023.

A demanda de passageiros durante o trimestre cresceu 17% em relação ao ano anterior, superando a capacidade e levando a uma forte taxa de ocupação de 84,2%.

Na linha de receita líquida total, a companhia aérea reportou um avanço de 10,2% no ano, atingindo R$ 5,5 bilhões, impulsionada principalmente por um ambiente de demanda saudável, receitas robustas de nossas unidades de negócios e pelo aumento na capacidade, segundo a Azul.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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