Azul (AZUL4): Queda dá trégua e ações fecham em alta de 22%; novo acordo com arrendadores está no radar
As ações da Azul (AZUL4) deram uma trégua nas quedas nesta sexta-feira (13) e lideravam as maiores altas do Ibovespa (IBOV).
Segundo fontes às quais a Reuters teve acesso, a companhia está perto de um novo acordo com arrendadores de aviões, com a Azul oferecendo ações para pagar cerca de US$ 600 milhões em dívidas.
Os papéis da aérea chegaram a entrar em leilão por oscilação máxima permitida. A ação fechou em alta de 22%.
Segundo uma das fontes ouvidas pela agência de notícia, há um momentum se formando para uma conclusão bem-sucedida de uma reestruturação extrajudicial e destacou que houve um encontro entre a Azul a arrendadores em Nova York nas últimas semanas.
Tendo em vista que as conversas são confidenciais, a Reuters manteve o anonimato das fontes. Segundo elas, a maioria dos arrendadores já sinalizou que concorda com o plano em questão. Ainda, duas delas disseram que um acordo pode ser assinado em semanas e os arrendadores obteriam uma participação acionária de cerca de 20% da Azul.
“Não é 100% o que a Azul gostaria nem 100% o que os arrendadores gostariam, mas pode ser uma boa maneira de aliviar esse peso”, disse uma das fontes.
Azul derrete 70% no ano
As últimas semanas tem sido de tempo fechado para a Azul. Com uma que da 70% no ano — sendo mais de 40% desde agosto –, os investidores estão atentos às medidas da companhia para lidar com as dívidas.
A companhia tem dito que está em negociação diretamente com os credores, buscando afastar os receios do mercado acerca de um pedido de Chapter 11 (recuperação judicial nos Estados Unidos).
Na última sexta-feira (06), a Azul confirmou estar explorando junto aos seus principais stakeholders (partes interessadas) diversas modalidades de negócio para otimizar a estrutura de equity acordada no plano de otimização de capital do ano passado.
Ainda, a companhia aérea afirmou que está analisando outras formas de captação de recursos, através do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) e utilizando a Azul Cargo como garantia, no valor de até US$ 800 milhões.
No mês passado, a companhia negou estar considerando pedir recuperação judicial nos EUA e que ofereceria aos arrendadores uma fatia de ações para liquidar dívidas que inicialmente teriam vencimento em três anos.
*Com informações da Reuters