Azul (AZUL4) presta contas à CVM sobre projeção de receita e faturamento; confira
A Azul (AZUL4) foi novamente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) prestar esclarecimentos sobre notícias que circulam na mídia, envolvendo as especulações sobre uma eventual recuperação judicial da companhia aérea.
No dia 29 de agosto, o jornal O Globo veiculou que a companhia não pretende entrar com um pedido de Chapter 11 (pedido de recuperação judicial nos EUA), adicionando que parte do atual plano estratégico engloba o Eleva ou Azul 6.0, que, por meio de uma melhor gestão de custos e ganho em eficiência operacional, poderiam gerar R$ 1 bilhão adicionais em receita em 2025.
Ainda, o CEO da Azul, John Rodgerson, apontou que a companhia vai faturar R$ 20 bilhões este ano. A CVM, via ofício, questionou a veracidade das informações e solicitou esclarecimentos adicionais a respeito do assunto, bem como o porquê a empresa não tratou o assunto via fato relevante.
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Neste sentido, na noite de quarta-feira (04), a Azul afirmou ter feito referência ao seu Formulário de Referência e aos fatos relevantes divulgados pela Azul, destacando que a notícia veiculada reproduz dados extraídos de informações já divulgadas publicamente ao mercado.
“Não se trata de informação nova ou atualização das projeções da companhia que são devidamente reportadas na Seção 3 do seu Formulário de Referência e acompanhadas em suas informações financeiras.”
A Azul recorda que “desenvolveu e iniciou a implementação do plano Eleva, com múltiplas oportunidades de aumento de receita e redução de custos, com meta de mais de R$ 1 bilhão em valor incremental.”
Dessa forma, defende que se trata, em linhas gerais, de um conjunto de medidas operacionais visando a ampliação da eficiência da Azul, coma meta de mais de R$ 1 bilhão em valor incremental em conhecimento do mercado refletida nas projeções da companhia.
Já em relação ao faturamento de R$ 20 bilhões para o ano corrente, a Azul aponta que o número reflete uma tendência com base em informações já publicamente disponibilizadas ao mercado e faz referência ao release de resultados do segundo trimestre deste ano.
“Nesse sentido, as informações constantes da notícia não constituem novas projeções, resumindo-se a refletir uma tendência com base apenas em informações publicamente disponibilizadas ao mercado, não havendo fato relevante adicional a ser publicado ou atualização a ser realizada, nos termos da regulamentação aplicável”, conclui.
Azul acumula queda de 69% no ano
As ações da Azul acumulam queda de mais de 69% no ano e, nos últimos dias, vem enfrentando as preocupações do mercado com suas dívidas.
Os investidores receberam rumores de que a companhia aérea iniciou diversas rodadas com bondholders, que são detentores de dívida no exterior, para tentar captar mais recursos.
No pano de fundo, segue monitorando a situação financeira da companhia aérea, que alarmou o mercado após, na última semana, circular na mídia que a empresa estaria considerando diversas opções — incluindo um pedido de proteção contra credores — para lidar com sua dívida com vencimento iminente.
A empresa esclareceu que ocorreu uma má interpretação das informações. Confira aqui.
Somado a isso, S&P Global Ratings cortou a classificação de crédito de emissor em escala global da Azul de B- para CCC+, com perspectiva negativa, mostra relatório enviado ao mercado na segunda (02).
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