Azul (AZUL4): Pior já passou? Analista vê ação decolando mais de 100%; veja se é hora de comprar
As ações da Azul (AZUL4) disparavam 9,36%, a R$ 16,83, e lideravam a ponta positiva do Ibovespa (IBOV) às 16h do pregão desta terça-feira (14). O movimento é reflexo dos números “fortes” reportados no terceiro trimestre (3T23), avaliam analistas.
Segundo Ilan Arbetman, da Ativa, a companhia teve uma crescente demanda e êxito no repasse de preços. Assim, registrou receitas em linha com as projeções e observou menores custos e despesas em função da queda dos preços de querosene de aviação, o que levou a um Ebitda também forte.
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Lucas Barbosa e a equipe do Santander destacam ainda que a Azul revisou o guidance para 2023 e 2024. Agora, as projeções estão mais próximas ao consenso — com um tom descendente em 2023, mas ascendente em 2024.
Ainda assim, a corretora e o banco seguem com recomendação neutra para AZUL4. Na análise da Ativa, fatores exógenos a atuação a companhia — como o câmbio, a postura da Petrobras quanto aos preços do combustível e o atual cenário macroeconômico doméstico — podem pressionar as ações.
A Ativa tem preço-alvo de R$ 32,00 para os papéis da Azul, o que implica uma potencial alta de aproximadamente 108%. Já o Santander está cético e elege alvo em R$ 13,70, sugerindo que as ações já estão cotadas além do preço justo.
Os destaques da Azul no 3T23
A Azul reportou novamente receitas recordes no trimestre, bem como máximas nas receitas operacional por assento-quilômetro oferecido (RASK) e de passageiros por assento-quilômetro (PRASK).
A tarifa média evoluiu 5,3% e o breakeven de ocupação decaiu 8,1 pontos percentuais, evidenciando o êxito na monetização da operação, avalia analistas.
Em relação aos custos, a companhia viu aumentos em tarifas aeroportuárias, retorno do serviço de bordo e manutenção e reparos. Por outro lado, os custos com combustível de aviação foram 35,5% menores, além das quedas de 1,3% e 6,5%, respectivamente, com salários e publicidade.
Assim, Azul observou os custos e despesas operacionais caírem 10,7%.
Já a liquidez da Azul aumentou no trimestre em função da emissão de notas seniores em julho e das renegociações com arrendadores e fornecedores concluídas em setembro. A posição de liquidez imediata da Azul se encontra em R$ 3,5 bilhões
Por fim, a frota operacional de passageiros se manteve estável, em 181 aeronaves.