Destaques da Bolsa

Azul (AZUL4): O que está por trás do avanço de mais de 10% nesta segunda-feira (6)

06 jan 2025, 11:16 - atualizado em 06 jan 2025, 11:16
Azul
Ações da Azul operam na ponta positiva do Ibovespa nesta segunda-feira (6) (Imagem: iStock/Tarcisio Schnaider)

As ações da Azul (AZUL4) assumiram a ponta positiva do Ibovespa (IBOV) na primeira hora de pregão desta segunda-feira (6), após a companhia confirmar acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) sobre dívidas tributárias.

Por volta de 11h05 (horário de Brasília), os papéis da aérea avançavam 10,93%, a R$ 4,16. Acompanhe o tempo real.



Em comunicado enviado ao mercado nesta segunda, a Azul confirmou o acordo para uma reestruturação do passivo fiscal da companhia, envolvendo uma readequação do montante devido e um reperfilamento do cronograma de pagamento.

Conforme a companhia, o valor total dos débitos renegociados no acordo é de cerca de R$ 2,9 bilhões, sendo que tal valor será deduzido em mais de R$ 1,8 bilhão ante a conversão de depósitos judiciais, utilização de prejuízos fiscais e efetivas reduções no valor dos juros, multas e encargos referentes aos créditos tributários.

O saldo remanescente, após as deduções, será cumprido no período de 60 meses para os débitos previdenciários e em 120 meses para os demais débitos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além da Azul, Gol (GOLL4) também fecha acordo

Na última semana, a Gol (GOLL4) também informou o mercado sobre acordo de dívidas com a União. Segundo o documento da última quinta-feira (2), o acordo prevê o parcelamento de débitos previdenciários e não previdenciários, estimados em aproximadamente R$ 5,5 bilhões, assim como a aplicação de descontos sobre multas, juros e encargos.

Ficou acordada ainda a possibilidade de abatimento de parte do saldo devedor com prejuízo fiscal e base de cálculo negativa de CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). O plano de reestruturação da Gol já previa a realização de um acordo deste tipo.

A companhia aérea destaca que o acordo não impactará o endividamento líquido e que a reestruturação financeira por meio do Chapter 11 (recuperação judicial nos Estados Unidos) atualmente em curso permanece necessária.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.