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Azul (AZUL4): Aérea está no caminho para se recuperar? Veja opinião de analistas após Investor Day

04 dez 2024, 14:18 - atualizado em 04 dez 2024, 18:29
Azul
A Azul realizou seu Investor Day e analistas vem bons sinais, mas dólar e petróleo preocupam (Imagem: iStock/miglagoa)

A Azul (AZUL4) realizou seu Investor Day na última terça-feira (03), focando a apresentação na gestão de passivos, perspectivas de crescimento, transformação da frota e nos impactos cambiais nos negócios, entre outros aspectos, destacam analistas.

O sentimento de analistas é de recuperação para a companhia aérea. No entanto, dólar e petróleo seguem como pontos que pressionam o desempenho da empresa.

As ações da companhia caíram no pregão desta quarta-feira (04). AZUL4 encerrou com baixa de 2,15%, a R$ 4,56. No ano, os papéis acumulam queda de 71,52%.



Na avaliação de analistas da Ágora Investimentos e Bradesco BBI, a companhia reduziu significativamente o risco de seu balanço patrimonial com o forte apoio de detentores de títulos e arrendadores.

Dessa maneira, as casas mantém a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 20 para AZUL4.

Os analistas avaliam que a alavancagem financeira da empresa pode cair e sua posição de caixa deve ser fortalecida com os novos US$ 500 milhões em dinheiro novo, além da melhoria esperada do fluxo de caixa impulsionada pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 7,4 bilhões em 2025.

Os analistas destacam ainda a economia esperada de US$ 200 milhões por ano relacionada a menores despesas financeiras e outras iniciativas impulsionadas por, por exemplo, financiamento de capital de giro.

Já analistas do BTG Pactual colocam que após um desafiador 2024, os próximos anos devem ser melhores, especialmente após o processo de gestão de passivos.

“Por outro lado, o aumento do câmbio e a volatilidade dos preços do petróleo são grandes desafios a serem monitorados. Mantemos nossa recomendação neutra“, dizem. O preço-alvo é de R$ 17.

Em relação aos impactos cambiais, os analistas do BTG comentam que a Azul demonstrou uma notável capacidade de aumentar as tarifas para compensar a variação cambial desde a pandemia.

A gestão explicou que, para cada aumento de 5% no dólar, é necessário um aumento de 3% nas tarifas para compensar o impacto nas despesas e no caixa.

No entanto, recordam que, em 2018, a companhia conseguiu aumentar as tarifas acima da variação cambial devido à sua posição de liderança e à racionalidade do mercado.

O Goldman Sachs reconhece o trabalho da Azul para melhorar a liquidez e posição de balanço, no entanto, observam que há risco da perspectiva do patrimônio, à luz do risco de diluição decorrente do potencial de dívida em patrimônio.

O Sachs permanece com classificação neutra na aérea, com preço-alvo de 12 meses em R$ 6,80.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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