Azul (AZUL4): Melhora no 1T24 é sustentável? Analistas veem ‘pulga atrás da orelha’
Os analistas do mercado têm uma visão neutra para os números da Azul (AZUL4) no primeiro trimestre de 2024 (1T24). Os resultados operacionais foram fortes, mas os níveis de alavancagem permaneceram elevados, avaliam.
Do lado positivo, os analistas da XP Investimentos destacam o Ebitda de R$ 1,4 bilhão, em uma combinação de demanda (RPKs) recuperada, melhor ambiente de rentabilidade e redução do custo operacional dividido pelo total de assentos-quilômetro oferecidos (CASK).
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Gabriel Tinem, Lucas Barbosa e Lucas Esteves destacam que a companhia se beneficiou da redução do querosene de aviação (QAV) e reportou custos e despesas operacionais melhores.
Por outro lado, os níveis de alavancagem seguem elevados, em 3,7x dívida líquida/Ebitda, com a Azul reforçando o guidance de 3x até o final de 2024. A liquidez também está pressionada, em 14%.
Quanto às dívidas, Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, diz que o cronograma de amortização segue dispondo de maiores volumes de amortização apenas a partir de 2028. Com a redução do caixa para R$ 3,5 bilhões, a dívida líquida avançou 7,7%, afetada ainda pelo aumento da dívida bruta.
O analista ainda teme que os recentes aumentos de QAV anunciados pela Petrobras, somados ao menor ajuste de oferta por parte de Gol (GOLL4), possam prejudicar o alcance das metas de Azul para 2024.
O que fazer com as ações da Azul?
Tanto a XP quanto a Ativa seguem com recomendação “neutra” para as ações da Azul.
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Para Arbetman, da Ativa, após repassar preços com menos força e contar com reduções de QAV entre janeiro e março, os resultados são diferentes dos que companhia deve registrar a partir do segundo trimestre de 2024.
“Terá que lidar novamente com os aumentos de QAV anunciados nos últimos meses pela Petrobras e uma redução de oferta de Gol, ao que parece, menor que a inicialmente esperado”, diz o analista sobre os próximos balanços.
Por outro lado, os analistas da XP destacam que a Azul sinaliza um desempenho operacional positivo à frente, apoiado pela manutenção do guidance de Ebitda de R$ 6,5 bilhões para o ano fiscal de 2024.