Azul (AZUL4) atualiza acionistas sobre negociações com credores; veja as transações
A Azul (AZUL4), que busca completa reestruturação e recapitalização , atualizou o mercado sobre as negociações que vem realizando com credores, mostra fato relevante divulgado nesta quinta-feira (14).
Em 28 de outubro de 2024, a aérea informou a celebração de acordos com seus atuais credores em uma nova operação de até US$ 500 milhões, o que fortaleceu a liquidez e a posição financeira da Azul.
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Segundo o documento enviado ao mercado, além de avançar na implementação dos acordos, a Azul permanece realizando negociações colaborativas com seus arrendadores, fabricantes de equipamentos originais e fornecedores, para obter melhorias adicionais e mutuamente benéficas ao fluxo de caixa.
Veja o que a Azul está negociando
Segundo a Azul, as transações incluem:
- Acordo para o conceder até US$ 500 milhões em Notas Superprioritárias, sendo US$ 150 milhões liberados no dia 30 de outubro e US$ 250 milhões em notas Superprioritárias até o final de dezembro de 2024, com potencial para desbloquear US$ 100 milhões adicionais mediante o cumprimento das Condições de Liberação Diferida;
- Acordos para melhorar o fluxo de caixa da Azul em mais de US$ 150 milhões, por meio da redução de certas obrigações com arrendadores e fabricantes de equipamentos originais ao longo dos próximos 18 meses;
- Esforço colaborativo para buscar melhorias adicionais no fluxo de caixa de aproximadamente US$ 100 milhões por ano com arrendadores, fabricantes de equipamentos originais e fornecedores; e
- Possível conversão de até US$ 806,5 milhões das Notas 2L em ações, sendo a conversão em etapas condicionada ao cumprimento de certas condições conforme mencionadas abaixo, levando a uma redução de quase US$ 100 milhões nos pagamentos de juros anuais, em cada caso, sujeito a certos termos e condições.
Confira o detalhamento dos acordos na íntegra:
3T24 da Azul mostra redução de prejuízo
Em meio a uma reestruturação de dívidas, a companhia aérea encerrou o terceiro trimestre de 2024 (3T24) com prejuízo líquido ajustado de R$ 203 milhões, uma redução de 76,2% em relação à perda de um ano antes, conforme o balanço divulgado nesta quarta-feira (14).
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu um recorde de R$ 1,65 bilhão, crescimento de 6%, com a margem passando de 31,7% para 32,2%.
A companhia área também teve um número recorde na receita líquida total, de R$ 5,1 bilhões de julho ao final de setembro, um crescimento de 4,3% no comparativo anual, enquanto o total de custos e despesas operacionais avançou 3,8%, a R$ 4,1 bilhões.