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Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4): Governo calcula prazo para a fusão entre as aéreas; ações saltam 19%

06 fev 2025, 16:49 - atualizado em 06 fev 2025, 16:49
gol azul
Governo fala sobre prazo para andamento de fusão entre Azul e Gol (Imagem: iStock/Tarcisio Schnaider)

A Azul (AZUL4) está entre os destaques positivos do Ibovespa (IBOV) no pregão desta quinta (6), performando entre as maiores altas do índice. Já a Gol (GOLL4) se destaca na B3 — a aérea opera fora do IBOV — com salto que chegou a 19%.

Segundo operadores de mercado, as ações da Azul passam por uma correção após a queda de 8% registrada na véspera. No entanto, falas do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho levaram os holofotes de volta para a fusão entre as aéreas.

Mais cedo, o ministro afirmou que o governo federal estima um prazo de 12 meses para a conclusão do processo de fusão entre as compamhias. “Esse é o prazo que o Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica] tem colocado. As companhias aéreas estão no processo de dar entrada na documentação”.

“Estamos aguardando. Nós já nos reunimos com o presidente da Latam, nos reunimos com o presidente da Azul e com o presidente da Gol”, acrescentou.

Segundo ele, uma reunião da pasta com o presidente do Cade, Alexandre Cordeiro Macedo para monitorar a situação está prevista para a próxima semana. Costa Filho afirma que aumento excessivo de passagens não serão aceitos em caso de concretização da combinação de negócios.

Na máxima do dia, GOLL4 chegou a avançar 19,29%,enquanto  a R$ 1,67 e AZUL4 subiu 5,79%, a R$ 4,02.





Fusão entre Azul e Gol

A Azul e Gol fixaram um lugar nos holofotes do mercado após a assinatura do já aguardando Memorando de Entendimentos Não Vinculante (MoU) para uma possível combinação de negócios, no final de janeiro.

Ainda há um caminho a percorrer para que a fusão seja concretizada, como a conclusão do processo de recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11) da Gol, previsto para abril deste ano.

O fechamento da operação depende da concordância entre a Abra Group — holding controladora da Gol — e Azul sobre os termos econômicos, da conclusão satisfatória da due diligence, da assinatura de acordos definitivos e da obtenção das aprovações corporativas e regulatórias, incluindo a aprovação da autoridade antitruste brasileira.

Caso a fusão seja concluída, Azul e Gol manterão seus certificados operacionais independentes, no entanto, atuando sob uma única empresa resultante listada. Ou seja, na prática, será uma empresa — presente na Bolsa — com duas companhias aéreas, mantendo as bandeiras já conhecidas.

E a Latam nessa história?

Na última sexta (31), o CEO da Latam, Jerome Cadier, afirmou que ainda é muito cedo para avaliar quais seriam os impactos de uma possível fusão entre suas concorrentes.

No entanto, no que se refere a dominância que essa fusão traria para o setor aéreo, Cadier se mostra confiante no trabalho do Cade.

Em entrevista coletiva após a divulgação do balanço do quarto trimestre de 2024, o executivo ponderou que ainda não está claro qual será a proposta da combinação de negócios. “Esse MoU que foi divulgado há duas semanas, ele é muito genérico e é não vinculante. Então, muita coisa pode acontecer”.

Cadier, que está a frente da Latam desde 2017, pontuou que já foram vistas pelo mundo tentativas de fusão de menor magnitude e foram negadas.

“Temos certeza que o Cade vai fazer uma análise em profundidade dessa proposta e vai propor medidas de mitigação. E é fundamental entender que essas medidas têm que buscar preservar a competitividade do mercado brasileiro”, disse na coletiva.

*Com informações do Seu Dinheiro

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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