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Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4): BTG projeta trimestre fraco para uma e decente para outra; veja estimativas

11 maio 2025, 12:50 - atualizado em 11 maio 2025, 12:50
gol azul
As companhias aéreas Azul e Gol divulgam balanço do 1T25 nesta semana (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

A Azul (AZUL4) e a Gol (GOLL4) divulgam seus balanços referentes ao primeiro trimestre de 2025 (1T25) nesta semana. O BTG Pactual espera um desempenho melhor da Azul, que deve se beneficiar da boa demanda, apesar da rentabilidade pressionada.

Já a Gol deve apresentar números operacionais fortes, mas com discussões sobre alavancagem impactando a percepção dos investidores.

A Azul divulga seus números na próxima quarta-feira (14), enquanto a Gol irá liberar o balanço ao mercado na quinta-feira (15).

Trimestre fraco para Gol

A equipe de analistas liderada por Lucas Marquiori projeta um trimestre fraco para a Gol, com o lucro pressionado por maiores despesas financeiras em meio a números operacionais fracos.

O BTG projeta ASK (assentos oferecidos por quilômetro) consolidado de 11,6 milhões no trimestre, uma alta de 5% no ano, sustentado pela demanda sólida nos segmentos doméstico e internacional.

Na projeção do banco, a receita líquida deve atingir R$ 5,2 bilhões, um avanço de 10% na base anual, e Ebitda (lucros antes dos juros, tributos, depreciação e amortização) de R$ 1,6 bilhão, com margem de 32%.

Os analistas esperam um prejuízo líquido de R$ 342 milhões, impactado pelas taxas de juros mais elevadas, ainda que parcialmente atenuado pela variação cambial.

“Olhando adiante, recomendamos que os investidores mantenham cautela, focando no processo de saída do Chapter 11 (recuperação judicial nos Estado Unidos) e na fusão em andamento com a Azul”, diz o BTG.

BTG projeta números decentes para Azul

Para a Azul, o banco espera um trimestre decente, com melhorias sequenciais. A aérea deve apresentar melhora nos números operacionais e financeiros, sustentada pela forte demanda em toda a sua malha aérea e pelo avanço nas iniciativas de gestão de passivos, na avaliação dos analistas.

O BTG espera um crescimento sólido de ASK de 14% em base anual, com a companhia adicionando capacidade para absorver a demanda robusta. A estimativa para a taxa de ocupação é de 78% para o trimestre.

Em termos financeiros, o banco estima receita líquida consolidada de R$ 5,4 bilhões, uma alta de 16% na comparação com o mesmo período em 2024, e Ebitda de R$ 1,5 bilhão, avanço de 6% ao ano, tendo em vista que o impacto da queda dos preços dos combustíveis foi compensado pela alta do câmbio em relação ao ano anterior.

“Por fim, estimamos um prejuízo líquido de R$ 11 milhões, ante -R$ 257 milhões no 1T24, suportado pelo impacto positivo das iniciativas de gestão de passivos nas despesas financeiras”, diz o BTG.

Olhando adiante, a recomendaçãço do banco é que os investidores monitorem de perto:

  • O processo de reestruturação da dívida;
  • Os desdobramentos da fusão com a Gol; e
  • Probabilidade de recessão.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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