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Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4): Ações saltam 16% com possível fusão no radar

09 jan 2025, 10:33 - atualizado em 09 jan 2025, 10:33
azul gol
Negociações sobre uma possível fusão entre Azul e Gol pode avançar via Memorando de entendimento (MoU) (Imagem: Getty Images/Canva Pro)

Azul (AZUL4) e a Abra, holding controladora da Gol (GOLL4), devem assinar um Memorando de Entendimento (MoU, na sigla em inglês) nas próximas semanas para discutir as condições de uma possível combinação de negócios, segundo informações do jornal Valor Econômico. 

Em reação, as ações da companhias abriram o pregão desta quinta-feira (9) em alta. Por volta de 10h24 (horário de Brasília), AZUL4 saltava 7,13%, a R$ 4,51, enquanto GOLL4 entrou em leilão, com salto de 16,13%, a R$ 1,80.





Na avaliação do BTG Pactual, um MoU seria uma manifestação natural de intenção por ambas as partes para que o negócio aconteça, o que apontam como um ponto de partida importante. No entanto, destacam que são necessárias mais informações para avaliar adequadamente os prós e contras dessa movimentação.

“O negócio parece complexo, especialmente em relação às aprovações regulatórias, necessidades de capital e governança. No entanto, as quedas das ações das companhias em termos de valuation pós-covid e o estresse recente no câmbio podem ter fornecido a força motriz para que o acordo avance”, avaliam os analistas.

Conforme comunicados da Gol em 2024, a companhia projeta sua saída do processo até o final de abril de 2025.

Vale lembrar que uma possível fusão entre as duas aéreas é comentada desde outubro de 2024. Desde junho do ano anterior, as companhias aéreas operam com acordo de cooperação comercial que une as malhas aéreas no Brasil por meio de um codeshare, acordo no qual compartilham um mesmo voo.

A parceria inclui rotas domésticas exclusivas, ou seja, operadas por uma das duas empresas e não a outra. Além disso, o acordo engloba os programas de fidelidade, unindo os benefícios e condições das empresas.

Azul e Gol fecham acordo sobre dívidas com a União

Nos primeiros dias de 25, a Azul e a Gol fecharam acordo com a União para negociação de dívidas tributárias. De acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), os acordos com as aéreas abrangem a regularização de dívida tributárias de R$ 7,5 bilhões, englobando débitos previdenciários e fiscais.

Os acordos preveem descontos sobre multas, juros e demais encargos referentes aos débitos. A negociação também permitiu o uso de prejuízo fiscal e flexibilização de prazos para o pagamento do passivo de ambas empresas aéreas.

No caso da Azul, o acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) visa regularizar mais de R$ 2,5 bilhões em dívidas com a PGFN e Receita Federal.

Segundo informou a AGU, a transação prevê o depósito imediato de R$ 36 milhões, o parcelamento do valor remanescente de R$ 1,1 bilhão, em até 120 prestações, com a utilização de créditos de prejuízo fiscal.

A Gol informou que seu acordo prevê o parcelamento de débitos previdenciários e não previdenciários, estimados em aproximadamente R$ 5,5 bilhões, assim como a aplicação de descontos sobre multas, juros e encargos.

Ainda, ficou acordada ainda a possibilidade de abatimento de parte do saldo devedor com prejuízo fiscal e base de cálculo negativa de CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). O plano de reestruturação da Gol já previa a realização de um acordo deste tipo.

A companhia aérea destaca que o acordo não impactará o endividamento líquido e que a reestruturação financeira por meio do Chapter 11 (recuperação judicial nos Estados Unidos) atualmente em curso permanece necessária.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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