Azul (AZUL4) disputa liderança do Ibovespa com alta de mais de 8%; o que impulsiona as ações hoje (25)?
Depois de acumular baixa de mais de 6% na semana passada, as ações da Azul (AZUL4) zeraram as perdas. Os papéis subiram mais de 10% durante o pregão e figuraram entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) no pregão desta segunda-feira (25).
AZUL4 encerrou a sessão com alta de 8,65%, a R$ 5,40. Na máxima do dia, as ações subiram 10,87%. Acompanhe o Tempo Real.
Mesmo com os ganhos, a companhia aérea acumula baixa de 66,2% no ano, em meio à crise financeira.
O que impulsiona AZUL4 hoje?
Os papéis da companhia aérea ganham força em meio à fraqueza do dólar e do petróleo Brent no mercado internacional.
O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis moedas fortes, opera em queda de mais de 0,50%, no nível dos 106 mil pontos. Na comparação com o real, a divisa norte-americana tinha baixa de 0,06%, a R$ 5,8107, por volta de 13h30 (horário de Brasília).
Já os contratos mais líquidos do petróleo Brent, com vencimento em fevereiro de 2025, recuavam 2,51%, a US$ 72,81 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, no mesmo horário.
A commodity recua com relatos de que Israel e o grupo extremista Hezbollah chegaram a um acordo para cessar-fogo.
Mais cedo, a CNN informou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou “em princípio” o acordo de cessar-fogo com o Hezbollah no Líbano, de acordo com fontes. O acordo teria sido alcançado em uma consulta de segurança com autoridades israelenses na noite de domingo.
Em linhas gerais, um dólar mais fraco tende a impulsionar as vendas de passagens aéreas, principalmente para o exterior, enquanto o petróleo em baixa tende a “baratear” os preços dos combustíveis — entre eles, o querosene de aviação.
Os números de Azul
No início do mês, a companhia divulgou o balanço do terceiro trimestre e anunciou o guidance para 2025.
A Azul registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 203 milhões entre julho e setembro, uma redução de 76,2% em relação à perda apurada no mesmo período do ano anterior.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu um recorde de R$ 1,65 bilhão, crescimento de 6%, com a margem passando de 31,7% para 32,2%.
Em relação às estimativas, a Azul projeta um Ebitda de R$ 7,4 bilhões em 2025, principalmente devido à forte demanda por viagens, um ambiente competitivo racional e robusto crescimento nas unidades de negócio.