Azul (AZUL4) desponta nas maiores altas do Ibovespa após revisar projeções de receita para cima; ações sobem 3%
As ações da Azul (AZUL4) despontaram entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) na primeira meia hora de pregão desta terça-feira (10), após a companhia divulgar uma projeção de cerca de R$ 20 bilhões para as receitas da companhia neste ano, o que representaria uma alta de 7% sobre o ano anterior.
As ações chegaram a saltar 6,63%, a R$ 4,34. Os papéis aceleraram os ganhos e encerraram o pregão desta terça-feira (10) com alta de 3,69%, a R$ 4,22.
Conforme o documento divulgado pela companhia na segunda-feira (09), foi mantida a projeção anterior de um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de mais de R$ 6 bilhões neste ano.
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A companhia aérea manteve ainda a estimativa de um crescimento de 7% na oferta de assentos medida pelo indicador ASK frente ao ano anterior. Também foi mantida a projeção de alavancagem neste ano em cerca de 4,2 vezes.
As ações da Azul caíram 8,33% na segunda, renovando mínima histórica intradia a R$ 4,02 no pior momento da sessão.
Analistas da Genial Investimentos comentam que o movimento aérea busca tranquilizar o mercado em meio a discussões sobre um possível pedido de Chapter 11 (recuperação judicial nos Estados Unidos), enquanto levanta novos recursos e melhora sua estrutura de capital.
“Apesar da tentativa de transmitir confiança, a Azul ainda enfrenta desafios financeiros significativos, e o sucesso do aumento de capital será crucial para evitar uma reestruturação judicial”, avaliam.
Azul nos holofotes do mercado
Na última sexta-feira (06), a Azul confirmou estar explorando junto aos seus principais stakeholders (partes interessadas) diversas modalidades de negócio para otimizar a estrutura de equity acordada no plano de otimização de capital do ano passado.
Ainda, a companhia aérea afirmou que está analisando outras formas de captação de recursos, através do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) e utilizando a Azul Cargo como garantia, no valor de até US$ 800 milhões.
As ações da Azul acumulam queda de mais de 71% no ano e, nas últimas semanas, vem enfrentando as preocupações do mercado com suas dívidas.
Os investidores receberam rumores de que a companhia aérea iniciou diversas rodadas com bondholders, que são detentores de dívida no exterior, para tentar captar mais recursos.
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No pano de fundo, segue monitorando a situação financeira da companhia aérea, que alarmou o mercado após circular na mídia que a empresa estaria considerando diversas opções — incluindo um pedido de proteção contra credore — para lidar com sua dívida com vencimento iminente.
Vale pontuar que a empresa negou um pedido de Chapter 11 (equivalente à recuperação judical nos Estados Unidos). Confira aqui.
“Até o momento, no entanto, não há nenhuma inclinação ou decisão concreta da companhia em seguir com uma modalidade específica de negócio, já que as conversas estão em andamento”.