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Azul (AZUL4) derrete 8%, Magalu (MGLU3) tomba 6%… O que causou a queda das ações nesta quinta?

29 set 2022, 17:57 - atualizado em 29 set 2022, 17:57
Azul
Mercado olha com muita cautela para empresas do setor de aviação, diz analista (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

Em semana mais volátil, o Ibovespa (IBOV) registrou nova queda nesta quinta-feira (29), pressionado pelo exterior e com os investidores de olho nas eleições brasileiras.

O setor de turismo foi destaque negativo na sessão, com Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) despencando 8,79% e 8,17%, respectivamente.

Segundo Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da Quantzed, além das preocupações globais, como o conflito na Europa e entre China e Taiwan, o coronavírus e a varíola dos macacos, investidores parecem enxergar vários riscos para as aéreas.

Petrokas destaca que, em sete pregões, a Azul perdeu 20% do seu valor de mercado.

“O mercado olha com muita cautela para empresas do setor de aviação”, comenta o especialista.

Além do setor de turismo, as ações de varejistas de e-commerce terminaram o dia pressionadas, com Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) recuando mais de 6%. A Americanas (AMER3) despencou 7,41%.

De acordo com Petrokas, o movimento de queda do varejo hoje reflete o risco de recessão global.

Essa é a mesma explicação para a baixa das siderúrgicas no pregão, acrescenta.

“São nomes diretamente relacionados à atividade econômica que, em cenário de recessão, ficam comprometidos. Com esse cenário de recessão nos EUA, incerteza geopolítica e aumento de taxas de juros americanas, temos risco natural de arrefecimento da atividade, o que gera impactos diretos nas empresas que dependem propriamente da atividade e produção industrial”, explica o analista.

Os bancos foram os destaques positivos desta quinta, com Itaú (ITUB4) avançando 1,49% e Bradesco (BBDC4) 0,76%.

A sessão de hoje foi de rotação de ativos mais arriscados, indo para empresas mais previsíveis.

“O risco de eleição não parece fazer tanto preço, porque o cenário de vitória tanto de Lula como de Bolsonaro já está precificado”, avalia Petrokas.

O especialista acredita que há uma probabilidade baixa de as eleições serem decididas no primeiro turno. Nesta semana, pesquisas de alguns institutos sobre intenções de voto apontaram a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vencer a disputa presidencial no domingo (2).

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