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Azul (AZUL4) confirma que está explorando possibilidades para captar recursos; ações caem 8%

09 set 2024, 11:03 - atualizado em 09 set 2024, 18:03
Azul
Azul (AZUL4) confirma que está explorando possibilidades para captar recursos, em meio a preocupações com dívida (Imagem: iStock.com/dabldy)

Na esteira de preocupações do mercado acerca da situação financeira da Azul (AZUL4), a companhia confirmou ao mercado, na noite de sexta-feira (06), que está em explorando junto aos seus principais stakeholders (partes interessadas) diversas modalidades de negócio para otimizar a estrutura de equity acordada no plano de otimização de capital do ano passado.

Ainda, a companhia aérea afirmou que está analisando outras formas de captação de recursos, através do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) e utilizando a Azul Cargo como garantia, no valor de até US$ 800 milhões.

“Até o momento, no entanto, não há nenhuma inclinação ou decisão concreta da companhia em seguir com
uma modalidade específica de negócio, já que as conversas estão em andamento”.

O comunicado veio após pedido de esclarecimento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) à empresa, acerca de notícia veiculada na mídia sobre solução para 2025. Na sexta-feira (06), a empresa também prestou esclarecimento envolvendo as especulações sobre uma eventual recuperação judicial da companhia aérea.

As ações da companhia lideraram, mais uma vez, a ponta negativa do Ibovespa desta segunda (09) em alta. Os papéis terminaram o dia com recuo de 8,33%, a R$ 4,07.

AZUL4 já acumula queda de mais de 24% e uma perda de R$ 500 milhões em valor de mercado em apenas uma semana. A companhia aérea agora vale R$ 1,37 bilhão, o menor desde o IPO, em 2017.



Azul acumula queda de 69% no ano

As ações da Azul acumulam queda de mais de 69% no ano e, nas últimas semanas, vem enfrentando as preocupações do mercado com suas dívidas.

Os investidores receberam rumores de que a companhia aérea iniciou diversas rodadas com bondholders, que são detentores de dívida no exterior, para tentar captar mais recursos.

No pano de fundo, segue monitorando a situação financeira da companhia aérea, que alarmou o mercado após circular na mídia que a empresa estaria considerando diversas opções — incluindo um pedido de proteção contra credore — para lidar com sua dívida com vencimento iminente.

Vale pontuar que a empresa negou um pedido de Chapter 11 (equivalente à recuperação judical nos Estados Unidos). Confira aqui.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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