Azul (AZUL4) avalia lançar oferta pública de ações preferenciais

A Azul (AZUL4) está avaliando a realização de uma oferta pública primária de ações preferenciais em meio ao seu processo de reestruturação, mostra comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira (24).
No caso de uma oferta primária, novas ações são emitidas pela companhia, visando justamente a captação de recursos.
De acordo com a Azul, até o momento o conselho de administração não aprovou a realização da potencial oferta, que permanece em fase de discussão e análise. A aérea não deu mais detalhes sobre a operação.
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O comunicado vem após circular na mídia que a companhia estaria se preparando para uma oferta subsequente de ações. Segundo o Broadcast, do Estadão, a operação poderia movimentar cerca de R$ 1 bilhão, representando o último passo no processo de tornar os credores em acionistas da companhia aérea.
Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, a Azul já estaria realizando rodadas de conversas com investidores para apresentar a trajetória de resolução do endividamento. Um ambiente mais favorável para a aérea no início de 2025 é apontado como argumento da aérea.
Reestruturação da Azul
No fim de janeiro, a Azul concluiu a reestruturação de suas obrigações financeiras, o que inclui acordos com detentores de títulos, arrendadores e fabricantes — abatendo US$ 1,6 bilhão em dívidas.
A companhia também captou US$ 525 milhões adicionais (o que equivale a pouco mais de R$ 3 bilhões), em Notas Superprioritárias, com vencimento em 2030. Esse era o último passo da reestruturação, iniciada em 2024.
Com essas operações, a Azul afirmou que a alavancagem deve recuar de 4,8 vezes para 3,4 vezes a relação dívida líquida/Ebitda em relação ao nível do terceiro trimestre do ano passado.
Na coletiva, os executivos destacaram que é preciso aguardar o fim das etapas de aumento de capital para visualizar de que maneira se dará a composição acionária da companhia aérea.
A companhia busca uma melhor governança e está realizando mudanças em diversos aspectos ainda relacionados a reestruturação, incluindo votação para transformar a empresa, que hoje tem duas classes de ações (ordinárias e preferenciais) em uma só, com direito a voto.