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Azul (AZUL4) aprova aumento de capital em até R$ 6,1 bilhões; entenda impacto para o acionista

05 fev 2025, 8:38 - atualizado em 05 fev 2025, 8:38
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Azul aprova aumento de capital em meio ao seu processo de reestruturação (Imagem: iStock/miglagoa)

O conselho de administração da Azul (AZUL4) aprovou o aumento de capital da companhia em até R$ 6,1 bilhões, mostra comunicado enviado ao mercado na terça-feira (4), após o fechamento.

A operação se deve aos acordos firmados entre a Azul e determinados arrendadores e fornecedores de equipamentos que detêm parcela das obrigações de arrendamentos pendentes da Azul.

O aumento de capital ocorrerá por meio da aquisição privada de novas ações preferenciais, no valor de, no mínimo, R$ 1,5 bilhão e, no máximo, R$ 6,1 bilhões, com a emissão de ao menos 47 milhões (47.033.273) ações e no máximo 191 milhões (191.101.066) ações, ao preço de R$ 32,08 cada.

A Azul enfrenta um momento de reestruturação financeira, sendo que a realização do aumento de capital visa o fortalecimento do caixa da empresa, contribuindo para a organização de seus passivos.

No comunicado, a Azul destaca o avanço em sua reestruturação, com acordos vinculantes definitivos firmados com arrendadores, fabricantes e outros fornecedores, melhorando o seu fluxo de caixa em mais de US$ 300 milhões nos anos de 2025, 2026 e 2027 e a liquidação de oferta no valor de principal de US$ 525 milhões em suas notas superprioritárias.

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Como o aumento de capital impacta acionistas?

O aumento de capital pode ter diferentes impactos para os atuais acionistas, dentre eles a diluição da participação, especialmente quando não se adquiridas novas ações equivalentes à proporção anterior.

Para proteger esses acionistas, as companhias concedem direito assegurado e preferência para a aquisição de ações. “Será assegurado o direito de preferência aos acionistas titulares de ações ordinária e preferenciais de emissão da companhia”, diz a Azul.

No entanto, caso a empresa promova um aumento de capital bem-sucedido e promova uma valorização da empresa, os acionistas podem ser beneficiados.

Azul conclui reestruturação de dívidas

A Azul concluiu na última semana a reestruturação de suas obrigações financeiras, abrangendo acordos com detentores de títulos, arrendadores e fabricantes. A companhia também liquidou a emissão de US$ 525 milhões em Notas Superprioritárias, com vencimento em 2030.

A reestruturação extinguiu US$ 1,6 bilhão em dívidas e captou US$ 525 milhões adicionais, fortalecendo a liquidez e reduzindo a alavancagem, disse a empresa.

A companhia afirmou ainda que a alavancagem deve recuar de 4,8 vezes para 3,4 vezes em relação ao nível do terceiro trimestre do ano passado.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.