Azul (AZUL4) aprova aumento de capital em até R$ 6,1 bilhões; entenda impacto para o acionista
O conselho de administração da Azul (AZUL4) aprovou o aumento de capital da companhia em até R$ 6,1 bilhões, mostra comunicado enviado ao mercado na terça-feira (4), após o fechamento.
A operação se deve aos acordos firmados entre a Azul e determinados arrendadores e fornecedores de equipamentos que detêm parcela das obrigações de arrendamentos pendentes da Azul.
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O aumento de capital ocorrerá por meio da aquisição privada de novas ações preferenciais, no valor de, no mínimo, R$ 1,5 bilhão e, no máximo, R$ 6,1 bilhões, com a emissão de ao menos 47 milhões (47.033.273) ações e no máximo 191 milhões (191.101.066) ações, ao preço de R$ 32,08 cada.
A Azul enfrenta um momento de reestruturação financeira, sendo que a realização do aumento de capital visa o fortalecimento do caixa da empresa, contribuindo para a organização de seus passivos.
No comunicado, a Azul destaca o avanço em sua reestruturação, com acordos vinculantes definitivos firmados com arrendadores, fabricantes e outros fornecedores, melhorando o seu fluxo de caixa em mais de US$ 300 milhões nos anos de 2025, 2026 e 2027 e a liquidação de oferta no valor de principal de US$ 525 milhões em suas notas superprioritárias.
Como o aumento de capital impacta acionistas?
O aumento de capital pode ter diferentes impactos para os atuais acionistas, dentre eles a diluição da participação, especialmente quando não se adquiridas novas ações equivalentes à proporção anterior.
Para proteger esses acionistas, as companhias concedem direito assegurado e preferência para a aquisição de ações. “Será assegurado o direito de preferência aos acionistas titulares de ações ordinária e preferenciais de emissão da companhia”, diz a Azul.
No entanto, caso a empresa promova um aumento de capital bem-sucedido e promova uma valorização da empresa, os acionistas podem ser beneficiados.
Azul conclui reestruturação de dívidas
A Azul concluiu na última semana a reestruturação de suas obrigações financeiras, abrangendo acordos com detentores de títulos, arrendadores e fabricantes. A companhia também liquidou a emissão de US$ 525 milhões em Notas Superprioritárias, com vencimento em 2030.
A reestruturação extinguiu US$ 1,6 bilhão em dívidas e captou US$ 525 milhões adicionais, fortalecendo a liquidez e reduzindo a alavancagem, disse a empresa.
A companhia afirmou ainda que a alavancagem deve recuar de 4,8 vezes para 3,4 vezes em relação ao nível do terceiro trimestre do ano passado.