De volta para o Azul (AZUL4): ações da companhia aérea sobem mais de 3% em ‘sessão de respiro’; Bradesco BBI revisa preço-alvo
Depois de acumular mais de 15% de queda em apenas três pregões na semana passada, as ações da Azul (AZUL4) retornam ao tom positivo nesta segunda-feira (24).
Os papéis da companhia aérea terminaram o dia com alta de 3,52%, a R$ 7,95, enquanto o Ibovespa subiu mais de 1%.
O motivo para o alívio é o mesmo que pressionou as ações nos últimos dias: o dólar. A moeda norte-americana operou abaixo de R$ 5,40 — um pouco distante dos R$ 5,48 alcançados na última quarta-feira (19).
Isso porque o movimento do câmbio repercute nas contas da companhia, já que a maior parte dos custos das empresas é atrelado à moeda norte-americana.
Mesmo com o avanço das ações hoje, AZUL4 acumula uma queda de 62,6% no ano.
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Bradesco BBI vê preço de Azul como ‘irrealista’
O Bradesco BBI revisou seu modelo de valuation para a Azul e reduziu o preço-alvo em 28%, para R$ 29.
Segundo os analistas do banco, a revisão foi feita para refletir o cenário atual de um real mais fraco e preços mais elevados do petróleo.
Victor Mizusaki e equipe chamaram a atenção para a queda de mais de 50% dos papéis no ano, contra um declínio ao redor de 10% do Ibovespa.
Para eles, as ações da companhia aérea precificam uma taxa de câmbio de R$ 6,50 por dólar — o que eles avaliam que “parece irrealista” dadas as projeções no mercado.
Sendo assim, a Azul tem caixa suficiente para absorver um dólar a cerca de R$ 6 até 2026, “sendo todo o resto constante”.
O banco também estimou que para cada desvalorização de 10% do real, a Azul precisa aumentar as tarifas aéreas em 4% para que o fluxo de caixa atinja o ponto de equilíbrio.
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Fusão com a Gol
Ainda de acordo com os analistas do BBI, as negociações entre Azul e Grupo Abra, holding controladora da Gol (GOLL4) — em recuperação judicial nos Estados Unidos —, continuam evoluindo mesmo que o preço das ações diga o contrário.
“Esperamos que as empresas anunciem os termos do negócio no segundo semestre de 2024 e que as sinergias de M&A possam atingir R$ 10,2 bilhões em valor presente líquido, ou R$ 10 por ação da Azul após diluição”, acrescentaram Mizusaki e equipe, que têm recomendação “outperform” — equivalente a venda — para os papéis.
No final de maio, a Azul afirmou ter conversas independentes com a Abra para “explorar eventuais oportunidades”, mas que não havia ainda nenhum negócio firmado entre as empresas além do acordo de codeshare.
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*Com informações de Reuters