Azul admite conversa com outras aéreas, após notícia sobre possível compra da Latam
Depois que a imprensa noticiou que a Azul (AZUL4) deseja comprar as operações da Latam no Brasil e da disparada de 11% de seus papéis, a companhia aérea foi questionada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre suas intenções.
Em resposta, a empresa lembrou que, há alguns dias, afirmou que a consolidação do setor, após a pandemia, é uma “tendência” e que se sente numa “posição forte” para liderá-la.
No ofício à CVM, a Azul acrescenta que “como parte desse estudo ativo de oportunidades de consolidação da indústria, a companhia poderá avaliar diversas modalidades de consolidação, inclusive aquisições, fusões, acordos societários e/ou operacionais ou outras combinações de negócios.”
A empresa admitiu que “manteve e poderá manter, por conta própria ou através de seus consultores, contatos com diversos stakeholders e demais participantes nos mercados em que atua” para avaliar suas opções.
A Azul sublinhou, contudo, que nenhuma proposta foi apresentada, bem como nenhum acordo foi fechado até o momento.
Consolidação
Na segunda-feira (24), a Azul afirmou que se prepara para ir às compras após a pandemia de Covid-19. Em fato relevante, a companhia aérea declarou que “um movimento de consolidação é uma tendência do setor no pós-pandemia e a Azul está em uma posição forte para liderar um processo nesse sentido.”
A empresa informou, ainda, que contratou, no fim do primeiro trimestre, consultores para estudar “ativamente as oportunidades de consolidação da indústria.”
Ontem, a Reuters e o jornal Valor Econômico noticiaram que a aérea abordou a chilena Latam Airlines com o objetivo de comprar sua operação brasileira.
A Latam entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA há um ano e, embora tenha garantido nova liquidez nesse processo, ainda não apresentou um plano formal de reestruturação.
Veja o ofício da Azul à CVM.