Avon para de atrapalhar operações da Natura, abrindo espaço para ganhos
A Natura&Co (NTCO3) terminou o terceiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 377,7 milhões, valor praticamente estável em relação ao registrado no mesmo intervalo de 2019.
Contudo, há muito mais que extrair do desempenho da gigante no ramo de cosméticos, já que a avaliação é positiva na análise do BB Investimentos.
Segundo o balanço divulgado, a receita líquida consolidada do grupo Natura foi de R$ 10,4 bilhões, 31,7% superior ao 3° trimestre de 2019.
“Tal desempenho deveu-se tanto pelo crescimento em moeda constante das receitas nas divisões da companhia, bem como pelo impacto positivo da variação cambial em decorrência da desvalorização do real no período “, destaca a analista Georgia Jorge.
A especialista adverte que apesar da Avon International, que pertence à Natura, ainda não acompanhar o movimento, merece destaque também a amenização da queda de receita dessa divisão frente os trimestres anteriores.
As vendas no e-commerce do grupo saltaram 115% e tal dado não poderia passar batido pelo BTG Pactual (BPAC11).
“A resiliência dos resultados da Natura, amparada pela digitalização das vendas, configura uma das principais fortalezas da companhia durante o último trimestre. Mas os desafios para a Avon nos próximos anos colocam na recomendação em âmbito neutro”, discorrem os analistas Luiz Guanais e Gabriel Savi.
A dupla do BTG reforça que banco revisará em breve suas estimativas para as ações da Natura, incorporando os dados positivos do 3° trimestre.
A Ágora Investimentos optou por manter inalterado seu preço-alvo a R$ 60 por papel da Natura até o final de 2021, já levando em consideração o balanço resistente da companhia.
Avaliador | Recomendação | Ticker | Preço-alvo (R$) |
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BB | Compra | NTCO3 | 58,2 |
BTG | Neutra | NTCO3 | 40 |
Ágora | Compra | NTCO3 | 60 |